O futebol brasileiro ganha um novo e ilustre personagem: Luiz Felipe Scolari está de volta ao Grêmio para a sua quarta passagem. Ele vai ser chefe do técnico Mano Menezes. Felipão aceitou assumir a função de coordenador de futebol, uma ponte entre a direção do clube e o treinador, passando pelo elenco e categorias de base. Felipão já teve quatro passagens pelo Grêmio como treinador, com sete títulos, entre eles o Brasileirão de 1996 diante da Portuguesa e a Libertadores.
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Não é a primeira vez que Felipão exerce a função. Ele foi coordenador no Athletico-PR em 2023, quando o time foi campeão estadual. Na época, ele entendeu que o seu trabalho estava concluído e deixou o clube. Felipão, de 76 anos, prefere estar à beira do gramado. Teve sondagens para voltar como treinador, mas preferiu esperar algo mais com a sua cara e intenção. Ele retorna para Porto Alegre, onde se lançou no cenário nacional muitos antes de ser campeão do mundo em 2002 e fazer história também no Palmeiras.

Ele comandou o Brasil na Copa do Mundo de 2014, ao lado de Carlos Alberto Parreira. A seleção perdeu para a Alemanha na semifinal e também para a Holanda na disputa do terceiro colocado.
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Felipão fará parceria com Mano Menezes. Em comum, ambos têm história no Grêmio e comandaram o Brasil. O Grêmio demitiu há uma semana o técnico Gustavo Quinteros. O clube faz uma reformulação em seu departamento de futebol. Felipão negociou com a direção por algumas semanas. Como coordenador, Felipão vai ajudar a atualizar o elenco gremista ainda neste ano.
Histórias de Felipão
Tenho muitas histórias com Felipão. Em 1996, era setorista da Portuguesa e fui enviado a Porto Alegre para cobrir o Grêmio, o outro finalista do Brasileirão daquele ano. Naquele tempo, a competição era jogada no mata-mata. Passei uma semana atrás do Felipão e do time, que tinha excelentes jogadores, como Paulo Nunes, Arce, Rivarola… O treinador demorou para me atender numa entrevista exclusiva. E começou assim: “o que você quer…”
Depois teve sua primeira passagem pelo Palmeiras, quando também era setorista do clube paulista. Tinha bronca e confusão com a imprensa quase todos os dias. Felipão sabia usar os repórteres para dar recado aos seus jogadores. Eram tempos de Parmalat. E teve ainda a Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão, já com o treinador chamando todos os jornalistas pelo nome. Certo dia ele se perdeu na cidade sul-coreana de Ulsan, onde o Brasil ficou, durante uma caminhada pelas ruas. Eu estava com ele, alguns metros atrás, para uma reportagem e presenciei a cena. Felipão deve acompanhar o Grêmio em todos os jogos do ano.