Abel usou parte de sua entrevista após a boa vitória do Palmeiras sobre o Guarani (4 a 1) para desabafar e pedir, mais uma vez, a compreensão dos torcedores quanto ao seu trabalho e ao esforço do elenco neste começo de temporada. O problema é que o treinador anda “pilhado” demais.
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Ele também comentou que cada um no clube tem de fazer a sua parte, inclusive a diretoria. Ele se disse bastante “triste” com a comparação que fizeram dele com o técnico Klopp, em visita ao clube na partida anterior no Allianz Parque. Disse que tiraram sua declaração de contexto quando comparou o número de títulos que tem com as conquistas de Klopp. Ele tem Klopp entre os três melhores treinadores do mundo.
Abel tem “chutado o balde” em todas as suas entrevistas. Ele disse que está na sua última temporada no Palmeiras. Talvez por isso não esteja mais a fim de “engolir sapos”. Ele adota um tom mais alto com seu jeito professoral de conversar após as partidas. O treinador decidiu que vai embora com a família depois de dezembro.
Ele tem demonstrado pouca paciência com o futebol brasileiro e com o calendário imposto pela CBF, e também com os jornalistas. Anda mais “azedo” do que antes.
Cadê o Abel ‘paz e amor’?
Em muitos casos, ele tem razão de reclamar. Mas anda reclamando de tudo. Aquele Abel “paz e amor” durou pouco. Tudo parece ser uma estratégia. Ficou bonzinho quando o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores no ano passado.
O treinador cobra uma união dos torcedores e da mídia, um melhor entendimento dos seus quatro anos no comando e de todas as conquistas do time. Não entende as perguntas e as cobranças nas retomadas das temporadas. Há muita paciência com Abel.
Também torce o nariz quando é interpelado para explicar situações da escalação, dos atletas que ficaram no banco ou dos que não foram relacionados. Contra o Guarani, ele escalou o meia Maurício mais perto do gol, fazendo seu trabalho de armador e de um falso 9. Deu muito certo. Mas para fazer isso, o técnico deixou os centroavantes fora.
Ele não tem paciência para explicar as novas situações da equipe. Abel tenta colocar “todos” contra o Palmeiras e isso não existe.
Abel anda tenso em apenas um mês de trabalho. O Palmeiras emperrou nas contratações que ele queria, nos jogadores prontos, e parece que os cenários vão ficando cada vez mais complicados com o andamento das competições. Ele gostaria de ter jogadores melhores e mais bem preparados para a Libertadores, Copa do Brasil, Brasileirão e, principalmente, o Mundial de Clubes.
Abel não está contente com o elenco
A percepção é que o treinador do Palmeiras olha para o seu elenco, diz que todas as posições estão em disputa, e não gosta do que vê para a temporada. O treinador tirou tudo o que podia de seus melhores atletas e sabe que há limitações dentro do grupo.
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Abel é competitivo e sabe que precisa de muito mais para chegar em dezembro brigando pelas conquistas. Hoje, ele não tem essa certeza. Vai melhorando os processos e dando fôlego para os jogadores que tem nas mãos.
Da diretoria, ele tem a promessa e o compromisso da busca por melhores jogadores. Enquanto esses reforços não chegarem, Abel vai continuar “pilhado”.