O problema não é a forma de disputa do Paulistão. O problema é a qualidade técnica, individual e coletiva do Palmeiras nesta temporada. A vitória diante do Botafogo, de Ribeirão Preto, por 3 a 1 mostrou que o Palmeiras é um time comum e que depende quase exclusivamente do seu ponta Estevão.

Só o garoto, já vendido ao Chelsea, é capaz de fazer alguma coisa inesperada neste Palmeiras versão 2025.

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O time contou com a boa apresentação de Facundo Torres, mais uma vez, e alguns momentos de Raphael Veiga que lembraram a importância do meio-campista no Palmeiras.

Abel admite que o Palmeiras está abaixo do seu rendimento de outros anos: clube pode ficar fora do Paulistão / Palmeiras

Mas o time de Abel continua mostrando suor e lágrimas independentemente do rival a ser batido, dentro ou fora de casa. Aquele futebol encaixado de temporadas passadas não existe mais. Por isso digo que o Palmeiras é um time comum.

Como será nos outros torneios?

Se já tem dificuldade para conseguir os seus resultados do Campeonato Paulista, imagina como será na Copa do Brasil, Libertadores, Campeonato Brasileiro e, principalmente, Mundial de Clubes da Fifa.

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A vitória em casa diante de uma torcida silenciosa não é, nem nunca foi, a cara do Palmeiras. Os três pontos, combinados com os outros resultados dos adversários dentro do grupo, mantiveram o Palmeiras na terceira colocação. Ou seja, fora das quartas de final do Estadual.

Portanto, não mudou nada. Na última rodada da fase classificatória, domingo, com todas as partidas marcadas para as 18h30, o Palmeiras continua precisando vencer o seu jogo diante do Mirassol e torcer por um tropeço da Ponte Preta contra o Bragantino.

Embora o torcedor palmeirense tenha saído satisfeito com a vitória em casa, o cenário do time ainda é de lamentação e risco de fracasso no Paulistão. Já não se trata mais da conquista do tetra Estadual, mas da forma e condição com que o time de Abel Ferreira vai enfrentar o restante da temporada.

Allianz Parque: time precisa ganhar do Mirassol fora de casa o domingo e torcer por uma derrota da Ponte / Palmeiras

Tenho dúvidas hoje se o Palmeiras é uma das três maiores forças do futebol brasileiro. A presidente Leila Pereira e o diretor de futebol Anderson Barros, depois de um silêncio retumbante da torcida organizada no primeiro tempo da partida contra o Botafogo, no Allianz Parque, foram hostilizados.

O silêncio da torcida organizada

A torcida uniformizada, em litígio com a direção do clube por outros motivos que não o futebol apenas, achou seus culpados. Desta vez, Abel e o seus jogadores foram poupados. A presidente prometeu mais reforços até o fechamento da janela no dia 28.

A bola da vez é o atacante Vitor Roque, que pertence ao Barcelona, mas que está emprestado ao Bétis, também da Espanha, com valor prefixado de 25 milhões de euros. O Palmeiras já ofereceu ao Barcelona os mesmos 25 milhões de euros.

Mas a informação que vem da Espanha é de que o Barcelona prefere manter o jogador no Bétis. O Bétis não abre mão do atacante brasileiro. E o jogador quer continuar tentando a sorte na Europa. Se tudo isso se confirmar, o Palmeiras volta à estaca zero em relação às possíveis contratações para fortalecer a equipe de Abel.

O formato do Paulistão não vai mudar

O treinador português, ao menos desta vez, admitiu que o Palmeiras tem feito jogos apenas razoáveis. Mas ele insiste que a fórmula do Campeonato Paulista, com o Palmeiras tendo mais pontos do que muitos adversários já classificados, não é justo para nenhum time, inclusive para o seu. A Federação Paulista de futebol, que organiza o Paulistão, um dos melhores campeonatos estaduais do Brasil, não acena com nenhuma possibilidade de mudar o formato do Regional nos próximos anos.

Abel treina o Palmeiras e não joga a toalha no Paulistão: rodada final da fase de grupos acontece domingo / Palmeiras

Outras injustiças como a que Abel aponta já ocorreram no Paulistão e nada foi feito. É hora de Abel e os jogadores do Palmeiras se reunirem para uma conversa franca, esquecerem um pouco as contratações que ainda não chegaram nem se sabe se vão chegar e tentar resolver o problema do futebol “apenas razoável” entre eles.

O Palmeiras não é um time desprezível, tampouco tem um elenco de qualidade duvidosa. Abel tem de ter o que ele sempre pregou desde que chegou ao Brasil: cabeça fria e coração quente. Ainda há uma pequena chance de classificação para as quartas de final do Estadual, é preciso se apegar a ela, mas a missão do elenco é olhar para frente e ver o que pode mudar para que o time continue competitivo nas outras competições.

O Paulistão interessa, mas há outras competições mais importantes para o Palmeiras tentar ganhar em 2025.

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