Fico com as palavras do atacante Calleri em entrevista para o Paramount+ após a vitória por 2 a 0 sobre o Nacional no Morumbis: “O São Paulo pode muito mais”. O resultado em casa deu ao time brasileiro sua vaga para as quartas de final da Libertadores da América, competição que o clube tricampeão conhece bem. Vai encarar agora o Botafogo, que eliminou o Palmeiras um dia antes e tem jogado o fino da bola, também admitido pelo atacante argentino. Mas até lá, o Tricolor tem outros compromissos.
O São Paulo não fez muita força para decidir o jogo, também não jogou uma grande partida. Bobadilla e Calleri, um em cada tempo, marcaram os gols da vitória. Havia 60 mil torcedores no estádio. A renda foi de R$ 5,7 milhões. É dinheiro bom. Eu acredito que se os estádios fossem maiores e bem trabalhados, as bilheterias só andavam nessa casa. Os clubes precisam cada vez mais da receita do seu torcedor.
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O Morumbis estava bonito. O ponto negativo ficou por conta da torcida do Nacional, que se meteu a besta de brigar com a polícia e a arrancar as cadeiras do setor onde estava para atirar contra os policiais. O jogo ficou parado 7 minutos. Os próprios jogadores do clube pediram para a torcida se acalmar. O duelo já estava 2 a 0.
Outro problema, esse bem mais grave, foi a concussão ou convulsão sofrida pelo jogador Juan Izquierdo. Ele cambaleou no gramado até cair. Foi amparado por um companheiro que estava por perto. Foi sozinho. O jogo ficou parado quase 10 minutos. Havia muita preocupação. O estádio ficou em silêncio. A ambulância entrou no campo e levou o atleta para um hospital nas imediações do estádio. Houve respeito, diferentemente do que havia feito a torcida visitante.
O São Paulo deve mandar um representante ao hospital São Luiz para acompanhar o jogador do Nacional e ajudar no que for preciso. O jogador deixou o Morumbis consciente, mas voltou a perder os sentidos no caminho.
O jogo foi bom pela classificação do São Paulo. A torcida gostou. Mas não foi uma disputa de encher os olhos. Foi um duelo morno.
O time de Zubeldía demorou para entrar na partida, mesmo tendo a bola com larga vantagem. Tinha a bola, mas não chutava para o gol. Até que Bobadilla acabou com isso. Fez um golaço de fora da área. O gol de Calleri também foi bonito, de cabeça, como ele gosta. Movimentos perfeitos após levantamento de Rato.
Depois disso e com as paralisações, o São Paulo parou de jogar. O Nacional, na condição de “perdido por dois, perdido por mil”, se lançou ao ataque, mas sem poder de fogo ou organização. O Tricolor foi deixando o tempo passar para confirmar sua vaga. O time continua em três frentes e bem em todas elas. Na Libertadores, vai encarar o Botafogo. Na Copa do Brasil mede forças com o Atlético-MG. E no Brasileirão faz sua corrida atrás dos primeiros colocados.
