Palmeiras, Cruzeiro e São Paulo não jogaram o fino da bola na primeira partida do ano, mas demonstraram boas ideias e intenções dentro de campo e um planejamento correto para a longa temporada, que só acaba perto do Natal, dia 21 de dezembro, com a última rodada do Brasileirão.
Zubeldía e Abel Ferreira, técnicos de São Paulo e Palmeiras, respectivamente, ambos estrangeiros, entenderam o calendário deste ano e ensaiam dois times ou equipes mescladas o tempo todo. Abel admitiu isso com todas as letras. O treinador português sabe que é impossível apostar em 11 atletas e manter um time titular.
Então, para deixar isso claro para todos, ele já deu a letra na primeira entrevista. Vai usar o elenco. Ele e seus pares da comissão fizeram uma avaliação do grupo para tomar a decisão. Digo elenco atual, sem contar com possíveis baixas, como de Rony e Flaco, e contratações. Vai também continuar subindo jogadores da base. Disse que gostou muito de Thalys. “Ele vai nos ajudar muito”.
Oscar está de volta
Zubeldía trabalhou o São Paulo da mesma forma, com dois times diferentes no empate diante do Cruzeiro. Oscar, por exemplo, fez sua estreia apenas no segundo tempo. Se disse ansioso, mas aprovou os primeiros toques na bola.
A diferença entre São Paulo e Palmeiras é que o time do Morumbi tem elenco mais modesto e jogadores da base em degraus abaixo. Zubeldía pediu, por exemplo, para integrar o garoto Ryan Francisco, da Copinha, no time do Paulistão. Ele é atacante. Mas ainda precisa ganhar estofo.
No caso do São Paulo, apesar do calendário cheio, o time deve repetir mais as formações e se valer dos seus principais jogadores, como Lucas, Oscar, Calleri e Luciano. Os melhores jogadores sempre estarão nas principais partidas ou nos jogos mais difíceis. Como disse Zubeldía, o “elenco do São Paulo é curto”.
Cruzeiro mostra sua cara
Fernando Diniz tem mais pressa para mostrar o potencial desse novo Cruzeiro. Ele terá mais trabalho para entrosar os bons novos jogadores. Começou o amistoso com o São Paulo, empate por 1 a 1 em Orlando, com o time principal, repleto de caras novas, como Fagner, Dudu e Gabigol. Na camisa 9, o atacante será chamado de Gabi.
Diniz e o Cruzeiro não vão perder tempo. Nem esperar. É uma estratégia. Quer ganhar tudo, a começar pelo torneio nos Estados Unidos. O mesmo pensamento se aplica ao Estadual de Minas Gerais. É um time à prova de sua torcida, dos rivais e da mídia pelo tanto de dinheiro que investiu. Comprou nove atletas. Será cobrado por isso.
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É justo? Não dessa forma. Todo elenco precisa de tempo. Mas é assim que funciona no futebol brasileiro. Gostei muito da movimentação de Dudu, livre na frente, sem posição física. Matheus Pereira continua sendo o melhor do time, mas precisa renovar seu contrato. Seu potencial é gigantesco. Ele me lembra o Rivaldo.
Gabigol ainda está lento. Mas sua presença dá peso ao time, assim como a de Fagner. Foi apenas uma pitada desses três times, mas penso que suas torcidas podem ficar animadas.