A CBF precisa colocar os pés no chão em relação à seleção brasileira. É preciso parar de sonhar com treinadores que não vão deixar imediatamente seus respectivos clubes para ocupar o lugar de Dorival Júnior, que tem nesta sexta-feira uma reunião de avaliação do que foi o Brasil contra Colômbia e Argentina pelas Eliminatórias.
A reunião é de praxe, mas ela será pesada porque deve definir a demissão de Dorival. O próprio treinador deixou escapar em sua entrevista após a derrota para a Argentina que ele “estava” fazendo um bom trabalho neste um ano no cargo. O “estava” entregou seu estado de espírito e o que já espera do comando da CBF.
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Mas é preciso encontrar alguém para o seu lugar que não seja um teste nem um sonho. Ednaldo Rodrigues tem alguns nomes: Carlo Ancelotti, Jorge Jesus, Abel Ferreira e Filipe Luís. Mas eles estão empregados e comprometidos com o Super Mundial de Clubes da Fifa, em junho e julho. É muito difícil que larguem tudo para atender ao chamado da CBF.

Cada um desses bons treinadores já traçaram os seis primeiros meses do ano, quando vão estar na competição da Fifa e nos torneios do calendário. Ancelotti tem seu contrato até o fim da temporada. Seu último torneio pelo clube espanhol seria o Mundial de Clubes. No entanto, Florentino Pérez já disse que quer renovar com ele por mais um ano. O próprio Ancelotti já admitiu querer terminar sua carreira no Real Madrid.
Quem você queria na seleção?
Todos os outros treinadores citados também estão credenciados para disputar o Super Mundial da Fifa: Abel lidera o Palmeiras; Filipe Luís comanda o Flamengo; e Jorge Jesus treina o Al-Hilal, o ex-time de Neymar na Arábia Saudita. Há compromissos e projetos com seus clubes.

Dos três, quem mais pode largar tudo é assumir a seleção é Jesus. Faz um pouco parte do seu perfil desbravador tomar decisões na emoção. Mesmo assim, duvido. E a CBF não tem dinheiro para bancar seu salário saudita. O mais provável é que nenhum desses aceite, caso seja convidado, assumir o lugar de Dorival antes do torneio da Fifa. Esquece.
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Isso quer dizer que a seleção brasileira teria ainda mais dois jogos da próxima data-Fifa para fazer, contra Equador e Paraguai. Mas como tudo está meio bagunçado na CBF, não é de duvidar que um interino ou tampão assuma o posto até lá para que a entidade espere por um desses treinadores. Seria mais uma derrota do Brasil.