O Brasil não teve nenhum problema contra o Peru em Brasília, como se imaginava. Ganhou por 4 a 0 e melhorou sua pontuação nas Eliminatórias. Deixou para trás aquele desespero de não se classificar para a Copa do Mundo. O Brasil é a única seleção que disputou todos os Mundiais. O futebol, no entanto, demorou para acontecer. O primeiro tempo foi “peladeiro”. O segundo, não.
O time teve de furar uma retranca de oito peruanos na maioria das vezes quando o jogo ainda estava empatado sem gols, o que exigiu do time de Dorival entrosamento, coragem, dribles, tabelas e jogadas inventivas. A seleção não tem nada disso. Por isso sofreu. Em alguns momentos, a intensidade foi confundida com muita ansiedade. É diferente. Isso fez com que algumas decisões de campo fossem equivocadas.
Nos raros momentos em que o Brasil conseguiu realizar algum dos fundamentos e das jogadas treinadas, o time teve melhor sorte. Os dois primeiros gols foram de pênaltis nada duvidosos. Raphinha cobrou os dois. Bruno Guimarães e Gerson foram os melhores. Andreas Pereira fez um gol de voleio depois de típica jogada do ponta Luiz Henrique pela direita. Foi bem bonito.
Parece claro que Igor Jesus, que fez a jogada do primeiro pênalti, é o novo atacante do Brasil. Atacante de área. Camisa 9. Quem também soube aproveitar a chance dada por Dorival foi Luiz Henrique. Além da assistência, ele também deixou o seu, após jogada individual pelo meio. Os botafoguenses foram bem novamente.
Os laterais continuam sem dar opção de ataque. Vanderson sentiu o peso da camisa e não ajudou muito pela direita. Abner também não. Talvez esse espaço seja dos pontas e meias. Rodrygo não foi bem novamente. Raphinha marcou os gols, mas poderia ter produzido mais.
É preciso entender que o jogo foi um antes do primeiro gol e outro depois. Na Copa do Mundo, é muito pouco provável, mesmo com 48 seleções, que os rivais se fechem tanto. A seleção peruano entrou em campo para não jogar. Covarde.
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Dorival precisa tirar lições desta data-Fifa e não é por causa do resultado. Ele tem de começar a definir alguns jogadores em suas posições. Gerson é um deles. Luiz Henrique e Igor Jesus também. Já são três jogadores de 11: um volante, um ponta-direita e um centroavante.
O Brasil manteve a quarta posição, com 16 pontos em dez jogos. Tem o mesmo número de pontos do Uruguai, terceiro na tabela. A Argentina tem 22 e lidera. A Colômbia vem em segundo, com 19.
