O melhor do mundo decidiu para a única seleção cinco vezes campeã mundial. Parece exagero a frase acima porque a fase do Brasil não é para tudo isso. Mas ela tem sua razão de ser nesta quinta-feira, já sexta, porque foi Vini Jr o autor do gol brasileiro na vitória por 2 a 1 contra a dura e boa Colômbia, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Ele também sofreu o pênalti convertido por Raphinha no primeiro tempo.
O Brasil estava tão no fundo do poço que qualquer migalha nos diverte. Vini estava precisando do gol, afinal ele acabou de ser eleito o melhor jogador do mundo e ainda se mantinha acuado com a camisa amarela. Foi seu primeiro gol nas Eliminatórias.
Muito importante com a partida que a equipe fez. A gente merecia muito essa vitória. O gol foi um pouco de alívio e felicidade. Jogar na seleção é algo que não se pode explicar.
VINI JR.
A seleção também estava precisando de uma vitória, com alguns ingredientes de um jogo bem jogado de Copa do Mundo. Não com todas as letras, mas melhor do que vimos nos empates com Venezuela e Uruguai. E, claro, o torcedor precisava deixar o estádio onde o Brasil acabou de jogar com algum orgulho no peito. Fazia tempo que isso não acontecia porque não havia motivos.
Na terça tem Argentina x Brasil
Na parte prática, o resultado levou o Brasil para o alto da tabela, agora em segundo lugar, atrás apenas da Argentina. O empate deixava o Brasil em sexto, mais condizente com o seu futebol. O time tem agora 21 pontos contra 25 dos ‘hermanos’, que vão a campo nesta sexta contra o Uruguai. Na terça tem Argentina e Brasil.
Estávamos precisando muito dessa vitória, o time, a comissão e o torcedor. Vai dar confiança. Não temos de pensar no passado, temos de focar no futuro. Agora vem a Argentina.
RAPHINHA
Tirando tudo isso, o que sobra é um futebol ainda cheio de defeitos e fraco. O segundo tempo foi melhor do que o primeiro. Falta muito para o time de Dorival ser apontado como um dos favoritos para a Copa. Há dificuldades pelas laterais, apesar da boa entrada de Wesley, e também pelo meio. Faltam jogadas bem tramadas, toques rápidos, ataques aos espaços…
Convenhamos, não dá para enfrentar nenhum rival da Europa. O Brasil é lento e demora para marcar. Perdeu alguns bons duelos no pé de ferro. O Brasil jogou numa rotação inferior. A Colômbia, por exemplo, cresceu demais nos últimos anos.
Mas é fato que a vitória, e como ela aconteceu, suada e com luta, pode ser um divisor de águas para a seleção. É preciso esperar o jogo contra a Argentina. Não há muito que se comemorar.
