O Brasil pode ter um adversário a mais no confronto desta terça-feira com a Espanha por uma vaga na final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris: o tempo de acréscimo. Em sua última partida, quando bateu a França por 1 a 0 e se garantiu na semifinal, a equipe de Arthur Elias sofreu com os “intermináveis” 18 minutos a mais no segundo tempo.

As redes sociais condenaram o tempo do acréscimo. Muitos brincaram dizendo que o jogo só acabaria quando as anfitriãs chegassem ao empate, o que não aconteceu. A França foi eliminada. Foi a primeira vitória diante do rival francês em 12 confrontos.

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E olha que nem foi o jogo com mais acréscimos no segundo tempo de todas as partidas da competição feminina em Paris. Brasil e França foi a segunda partida mais longa nesse sentido até então. A primeira ocorreu na fase classificatória, em outro duelo do Brasil, desta vez contra a mesma Espanha com quem o time vai jogar nesta terça.

Jogadoras do Brasil se preparam para decisão contra a Espanha nos Jogos de Paris: se passar, time vai para a final / CBF

Naquela apresentação, com derrota por 2 a 0 e Marta expulsa no fim na etapa inicial (ela pegou duas partidas de gancho), a arbitragem deu 19 minutos a mais do tempo regulamentar. E não era para o Brasil “empatar”. O time estava com uma jogadora a menos e tentou apenas “perder de pouco”.

A Espanha respeitou o time brasileiro, que depois ainda perdeu Antônia, machucada, até o fim. O Brasil, mesmo perdendo, queria que a partida acabasse porque já sabia que poderia se classificar como um dos melhores terceiros colocados, e o saldo de gols era determinante para isso. Se sofresse mais gols, poderia voltar para casa.

O desgaste do jogo contra a França foi grande. Mas não tem sido uma característica da Olimpíada deixar o jogo seguir por quase metade de um tempo. Na primeira parte da disputa, quando o Brasil fez três partidas (uma vitória e duas derrotas), somando todos os prazos de acréscimos no segundo tempo, o Brasil jogou 37 minutos. Teve os 19 minutos diante da Espanha, depois mais 10 minutos contra o Japão, que virou no fim, e ainda oito minutos na vitória sobre a Nigéria.

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As duas partidas em que o Brasil jogou 19 e 18 minutos a mais não tiveram grandes justificativas para tanto tempo. O jogo não parou, de modo a fazer com que a arbitragem esticasse a disputa dessa forma. Quem toma a decisão do tempo extra nos jogos é o árbitro de campo. É ele quem faz suas contas e avisa aos representantes à beira do gramado o prazo que vai dar a mais. Geralmente, ele se vale de um sinal de mão para informar.

Brasil volta a enfrentar a Espanha nos Jogos Olímpicos de Paris: na fase de grupos, perdeu por 2 a 0 / CBF

Acréscimos no futebol feminino no segundo tempo dos jogos

Grupo A
França x Colômbia – 9 minutos
França x Canadá – 11 minutos
França x Nova Zelândia – 6 minutos
Colômbia x Canadá – 6 minutos
Nova Zelândia x Colômbia – 9 minutos
Canadá x Nova Zelândia – 9 minutos

Grupo B
Austrália x EUA – 7 minutos
Zâmbia x Alemanha – 8 minutos
Austrália x Zâmbia – 8 minutos
EUA x Alemanha – 6 minutos
Alemanha x Austrália – 4 minutos
EUA x Zâmbia – 4 minutos

Grupo C
Espanha x Japão – 6 minutos
Nigéria x Brasil – 8 minutos
Brasil x Japão – 10 minutos
Espanha x Nigéria – 4 minutos
Brasil x Espanha – 19 minutos
Japão x Nigéria – 8 minutos

Quartas de final
França x Brasil – 18 minutos
Espanha x Colômbia – 14 minutos
EUA x Japão – 4 minutos
Canadá x Alemanha – 4 minutos

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