A seleção brasileira teve de atuar no metro quadrado mais caro e valorizado de Los Angeles em sua estreia na Copa América. Não foi fácil, embora o Brasil tenha sido melhor durante toda a partida. As dimensões do gramado do extraordinário SoFi Stadium eram menores em comparação aos campos da Europa e do Brasil, onde os jogadores de Dorival Júnior estão acostumados a atuar. Menores na largura (quatro metros) e no comprimento (cinco metros). São cinco passos a mais no ataque em direção à linha de fundo e dois passos para cada lado nas laterais. Pode parecer besteira, mas não é, mesmo com o Brasil treinando por três semanas nas mesmas dimensões. O Brasil teve 19 tentativas de gols e errou todas. Empatou por 0 a 0.
Para complicar a vida da seleção brasileira na estreia da Copa América, o time de Vini Jr. teve de enfrentar duas linhas de marcação bem definidas e que não arredaram o pé da defesa. A primeira tinha três jogadores e a segunda, mais dentro da área, foi levantada no terreno com cinco atletas, de modo a não ter terreno para o Brasil correr e atacar. Vini sofreu com marcação dupla. O meio de campo estava embolado. Raphinha teve um pouco mais de liberdade pela direita no primeiro tempo. Todos pecaram na ansiedade.
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O Brasil terá de se acostumar nessa Copa América com partidas cujo rival se posiciona fechadinho atrás. Só não vai ser assim se a seleção enfrentar a Argentina ou o Uruguai, quem sabe também diante da Colômbia. Qualquer outro adversário vai desafiar os jogadores brasileiros e a serem mais rápidos e ousados. Rodrygo fez um bom primeiro tempo. Paquetá começou frio, mas foi esquentando. Cresceu na disputa. Vini Jr. ainda não mostrou suas credenciais. A defesa não teve trabalho, assim como o meio de campo. Costa Rica jogou para se defender.
Precisamos de movimento fundamental: o movimento sujo. Ataques na última linha adversária, provocando movimentos de três, cinco, dez passes atrás e abertura frontal ao movimento de linha para facilitar quem tem a bola nos pés. Para mim, hoje foi a maior dificuldade. Faltaram alguns movimentos em profundidade. Movimento em profundidade carrega a linha para perto do goleiro e abre espaços. Foi o aspecto que mais intensificamos em trabalhos de treinamentos, o ataque à última linha, esse movimento sujo para quem quer achar espaços na última linha do adversário. DORIVAL JÚNIOR
Vestiário da seleção brasileira para o jogo de estreia na Copa América contra Costa Rica, em Los Angeles / CBFHouve muita ansiedade do Brasil em quase todas as jogadas, com alguns arremates precipitados, passes errados e cruzamentos para ninguém. A bola parada tem de ser mais bem trabalhada. A seleção deve chegar com certa naturalidade às fases agudas da Copa América pela fragilidade dos rivais. O torneio tem de servir para Dorival dar padrão ao time, construir ideias e jogadas pensando também nas Eliminatórias da Copa. Tem de treinar mais nesse cenário de marcação acirrada e poucos metros para fazer as jogadas. Só assim terá caminhos para sair dos enroscos.
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O meio de campo precisa funcionar com mais velocidade. Aumentar a rotação. Os laterais têm de apoiar mais, principalmente diante de oponentes que se fecham na defesa. Principalmente Arana. O Brasil tem de abrir o jogo sem perder suas investidas pelo meio. Algumas tentativas com Rodrygo na entrada da área foram perigosas. O que quero dizer é que o Brasil precisa ter mais repertório, porque técnica e habilidade o time tem de sobra. Paquetá melhorou muito no segundo tempo. Vini foi mais ou menos. Savinho entrou para driblar pela direita e criar boas chances. Endrick jogou 20 minutos e não teve nenhuma chance. Ficou preso na área entre os marcadores à espera de uma bola que não veio. Tudo isso aconteceu aos olhos de Neymar, que torceu pelos companheiros e até reclamou quando Dorival tirou Vini.
O empate sem gols com a Costa Rica obriga o Brasil a ganhar nas próximas rodadas e medir forças com a Colômbia para se classificar. O time de James Rodríguez ganhou do Paraguai. O Brasil foi melhor, mas não conseguiu ser eficiente para marcar os gols. Além das 19 tentativas, teve mais de 70% de posse. A bola rondou a área de Costa Rica, que jogou da mesma forma durante os 90 minutos. E conseguiu sua “vitória” diante da seleção brasileira.
[…] Foi exatamente isso que Neymar fez na estreia do Brasil na Copa América contra a Costa Rica. O time de Dorival Júnior tentou 19 vezes e não conseguiu furar o bloqueio do adversário. Lamentou o empate na estreia sem gols contra o mais fraco dos rivais da chave. A Colômbia, do […]
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