O Corinthians ganhou naquela cabeça de porco arremessada para cima do Raphael Veiga num escanteio. Isso mesmo: uma cabeça de porco! Já vi porcos vivos ganharem o gramado, mas morto… Aquilo desconcentrou o time. Abel Ferreira nem conseguia reclamar com a arbitragem. Eu só queria saber como entraram com a cabeça do porco no estádio. Alô turma da revista!!! Falharam, hein! Um torcedor foi identificado e preso.
A cabeça cortada levou sorte ao Corinthians. Sorte e competência, tudo o que o Palmeiras não teve nos 90 minutos, mesmo contra as boas defesas de Hugo e as correrias do atacante Yuri Alberto. Mais uma vez o time de Abel pecou nas chances criadas. Ele gosta de usar a palavra “eficiência”. No caso, falta dela. Mas não pode tirar os méritos dos donos da casa.
O Corinthians precisou de duas jogadas para acabar com o Palmeiras na Neo Química Arena, onde só havia corintianos: 2 a 0, com gols de Garro e Yuri Alberto.
Foi a vitória de um time humilde, sabedor de suas condições técnicas, mas cheio de vida e de disposição. Eram oito jogos de invencibilidade do Palmeiras diante do seu maior rival. Mas tudo isso ficou para trás nas boas jogadas de Garro e Yuri Alberto. Era só marcar os dois. Futebol é um jogo simples. Quem complica são treinadores e atletas.
Corinthians se salva da queda
Os três pontos afastam definitivamente o Corinthians do Z-4 e colocam o time na órbita da Sul-Americana do ano que vem. Arrisco dizer que não cai mais. Para um time que passou o Brasileirão no purgatório, a salvação veio na reta final e diante de seu maior rival. O que mais o corintiano poderia pedir de presente de Natal?
Agora, o Corinthians tem 38 pontos e olha de cima para os seus adversários que brigam na zona de rebaixamento: uma luta que ele travou durante toda a competição
Palmeiras vai torcer para o Vasco
O Palmeiras, por sua vez, fez mais uma partida preguiçosa e sonolenta, desorganizado na defesa e bagunçado no ataque. Desta vez, o time foi péssimo tecnicamente. Teve a bola e não soube o que fazer com ela. Teve chances e não matou o jogo. O lado esquerdo, com Caio Paulista, não funcionou.
Aliás, o jogador não deu certo. Ele deveria ter ficado no São Paulo, onde estava jogando bem. No Palmeiras, nunca se firmou, mesmo com toda a defesa de Abel. Até o bom goleiro Weverton falhou no gol de Yuri Alberto. Deu a impressão de que chegaria na bola, mas correu errado e sofreu o gol.
Felipe Anderson não deu certo
Se é para falar de jogador que não deu certo, há outros no Palmeiras. Felipe Anderson teve todo o tempo do mundo, depois de voltar da Europa, para jogar mais, mas não consegue. Ele não faz uma jogada ofensiva, para dentro dos marcadores e da área. Só toca para trás, sem fazer qualquer diferença no time.
Como Estêvão foi bem marcado, com rodízio de bote e faltas, e Raphael Veiga não esteve naqueles dias, o Palmeiras foi um time comum e sem inspiração. Jogadores do banco tiveram de entrar para melhorar um pouco a pegada, como Dudu e Gabriel Menino, que cobrou uma falta no travessão quando o Palmeiras já perdia por 2 a 0. Teve ainda uma cabeçada de Roni para boa defesa de Hugo.
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A derrota tira o time de Abel da briga pelo tricampeonato brasileiro caso o Botafogo ganhe do Vasco nesta terça. Praticamente põe um ponto final na temporada. Além de não conseguir chegar no líder Botafogo, não joga bem. A impressão é que o entusiasmo acabou. Não seria surpresa se perdesse a segunda colocação. O Palmeiras parece acomodado.
Em compensação, Ramón Díaz, que estava com a cabeça a prêmio, ganhou sobrevida e moral. É o poder de vencer um clássico. Desta vez, Memphis Depay pouco fez. Foi seu primeiro derby. Garro, muito criticado na partida contra o Racing, foi aplaudido. O melhor em campo. Foi dele, por exemplo, o passe torto para um gol reto de Yuri Alberto, que esbanjou raça mais uma vez.