A história de América de Cali 1 x 1 Corinthians deve ser escrita em dois capítulos – um antes e outro depois da entrada de Carrillo. O craque peruano saiu do banco de reservas aos 16 minutos do segundo tempo, junto com Yuri Alberto e Breno Bidon, e botou o jogo debaixo do braço, salvando o Corinthians de uma eliminação precoce na Copa Sul-Americana de 2025. Surge um quarto jogador importante no elenco, com Memphis, Garro e Yuri Alberto.

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Foi de Carrillo a jogada que deu origem ao gol salvador de Mateusinho, anotado aos 35 minutos da etapa final e que contou com um golpe de sorte, pois a bola chutada pelo lateral corintiano desviou no corpo de um zagueiro e matou o goleiro colombiano.

Carrillo toma conta do meio de campo do Corinthians no empate por 1 a 1 com o América de Cali / Corinthians

Com o empate, o Corinthians segue vivo na Sul-Americana. Mas a sensação que deu é que o clube foi para a Colômbia disposto a jogar a toalha e esquecer a competição para priorizar o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil convencido de que não tem elenco suficientemente forte para levar os três torneios com a mesma ambição.

Não há elenco para os três torneios

A escalação que Ramón Díaz mandou a campo ratifica essa certeza. O time reserva do Corinthians é muito inferior à formação considerada titular. Sem Memphis, Garro, Hugo, Yuri, Carrillo e Angileri, o time perde potência e confiança. Essa disparidade ficou flagrante no duelo com o América.

O primeiro tempo fez a torcida lembrar dos piores momentos apresentados pela equipe no ano passado, quando esteve à beira do rebaixamento. Como ocorreu com frequência na temporada de 2024, o time provocou calafrios no torcedor, desfilando pelo gramado do Pascual Guerrero todo seu arsenal de mediocridades coletivas e individuais.

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Algumas delas, aliás, parecem crônicas quando os titulares não estão em campo, e Ramón não sabe o que fazer para erradicá-las, como a incrível e inexplicável dificuldade que a equipe tem para sair jogando quando tem a bola na defesa. Com a bola passando demais pelos pés de Felix Torres, André Ramalho, Mateusinho e Bidu, o Corinthians não consegue fazer a transição para o ataque.

Torres e Bidu

Torres e Bidu erraram inúmeros passes e entregaram a bola de presente para o adversário, quando pressionados pela marcação dos colombianos. Trata-de uma coisa elementar, que se aprende em qualquer escolinha de futebol, mas que para essa zaga do Corinthians parece uma tarefa impossível de ser realizada com sucesso.

Corinthians festeja gol de Matheuzinho no empate fora de casa na segunda rodada da Sul-Americana / Corinthians

É assustador o nível de erros técnicos na saída de bola. Numa dessas bobagens, saiu o gol do América, na metade do primeiro tempo, marcado pelo centroavante Luís Ramos. Parece incrível, mas ele recebeu a bola dentro da área depois de uma inofensiva cobrança de lateral pela direita. Gol de lateral. Ramón tem de levar essas lições para o Brasileirão.

O resultado poderia ter sido bem pior porque o meio-campo com Martinez, Maycon e Ryan foi muito frágil na marcação e absolutamente nulo na criação de jogadas ofensivas. E o ataque não deu um chute a gol sequer, com Romero, Hernándes e Talles Magno escondidos.

Fora Félix Torres

No início do segundo tempo, logo a 1 minuto, o América fez o segundo gol em mais uma bobagem de Félix Torres, que, convenhamos, não tem mais condições de seguir sendo prestigiado pelo treinador. Sorte do Corinthians que o VAR viu impedimento e o gol foi corretamente anulado.

O Timão seguiu “fazendo força para perder” e entregar os pontos na Sul-Americana. Mas o talento de um jogador mudou a história da partida. Carrillo entrou no lugar de Martinez e chamou a responsabilidade de fazer o Corinthians jogar.

Com a ajuda de Yuri Alberto e Breno Bidon, que também saíram do banco, ele construiu pelo menos três grandes jogadas de gol. Nas duas primeiras, o fraquíssimo centroavante espanhol Héctor Hernández desperdiçou. Na terceira, ele serviu Matheuzinho com um toque de calcanhar e viu o lateral entrar na área para fazer o gol de empate. A bola desviou em Pestaña e enganou o goleiro, indo morrer no canto direito.

Contra o Palmeiras

Pelo que jogou na maior parte do tempo, não era o que o Corinthians merecia. O empate caiu do céu e agora, forçosamente, faz Ramón adiar seu plano de abrir mão da Sul-Americana para priorizar o Brasileirão. Como todos os principais titulares foram poupados na Colômbia, o mínimo que se espera é força máxima – e futebol de verdade – contra o Palmeiras, sábado, em Barueri. Pelo que sofreu hoje, a Fiel merece um fim de semana melhor.

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