O futebol brasileiro nunca esteve tão bagunçado e sem mando. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, coloca os pés pelas mãos, toma todas as decisões sem consultar ninguém e acompanha sem motivação ou interferência todas as lambanças nas competições que organiza e dos clubes que deveria comandar com regras claras, direitos e obrigações.
Ele mesmo se vale de manobras na Justiça para continuar no cargo. Uma liminar sustenta sua presença no trono da entidade até 2026. A liminar era para ter sido julgada nesta quarta-feira, mas pessoas importantes do STF pediram vistas do caso. Ou seja, mais tempo para analisar tudo. Ednaldo se sustenta por um fio na CBF.
Seu mandato vai até o fim de 2026, portanto, depois da Copa do Mundo. Nem mesmo com a seleção brasileira, o presidente da CBF trabalhou de forma correta. O Brasil perdeu tempo com técnicos ruins, Ednaldo acreditou no sonho chamado Carlo Ancelotti e agora o time corre risco de não se garantir para o Mundial. A seleção não tem confiança contra nenhum dos seus rivais na América do Sul. Tudo errado.
A ideia inicial de aproximar o torcedor da equipe nesta temporada teve resultado contrário. O tiro saiu pela culatra. Ninguém quer saber do Brasil.
Mas não é só isso. A CBF abandonou o futebol brasileiro e o deixou caminhar à sua própria sorte, com cada clube falando e fazendo o que bem entende. Todo mundo reclama no Brasileirão. A arbitragem é um lixo. Os clubes jogam e não pagam suas dívidas. Alguns não saem do noticiário policial. E a CBF aceita a tudo calada porque parece sem forças ou interesse em mexer nesse vespeiro.
Ninguém está feliz. Profissionais competentes repensam suas posições de vestir a camisa da entidade nacional. Só quem está contente são aquelas federações estaduais que dependem das verbas mensais vindas do Rio. Essas não reclamam e beijam a mão de Ednaldo.
O futebol brasileiro tem dirigentes mais competentes para assumir o posto e melhorar esse cenário bagunçado. Anda-se para trás. Não há gestão. Há mandos e desmandos. O calendário é ruim e desumano, com mais de 70 jogos por temporada, sem tempo para nada. As datas das partidas são alteradas fora do expediente para agradar esse ou aquele. Tudo muito lamentável.
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Os clubes são informados das decisões. Não apitam nada. Também não conseguem se organizar em bloco porque cada um tem seu interesse particular. Os preços dos ingressos aumentam ao bel prazer do mandante. E a CBF não interfere. Não há regras claras.
Em campo, todos os jogadores reclamam com o árbitro. Mais recentemente, os gandulas estão parando ou acelerando o jogo, murchando as bolas… e nada acontece. No fim da temporada, na festa do campeão, Ednaldo e sua comitiva aparecem para entregar medalhas e troféus e tudo é esquecido.
Há dinheiro, mas não há competência nem interesse para melhorar. A CBF deveria ter novas eleições, com gente mais bem qualificada para assumir o comando. Faz décadas que é dessa forma. Nenhum presidente nos últimos anos deixou o cargo pela porta da frente.