A seleção brasileira tem o melhor jogador do mundo novamente e ninguém na CBF sabe o que fazer com ele. Isso é um problema que escancara a dificuldade da comissão técnica comandada por Dorival Júnior e de toda a cúpula da entidade que comanda o futebol brasileiro. O que fazer como Vini Jr?
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No passado, quando os jogadores brasileiros se destacavam nas eleições da Fifa, entre os melhores e, por vezes sendo, o melhor, já se sabia que o grande beneficiado era a seleção. Foi assim com Ronaldo, Romário, Rivaldo, Ronaldinho, Kaká… O torcedor brasileiro tinha para quem torcer. Havia esperança.
O problema é que a escolha de Vinícius Júnior como o The Best da Fifa no ano passado não mudou em nada a condição do Brasil nas Eliminatórias da Copa. O Brasil não é favorito contra a Colômbia nem diante da Argentina, seus dois rivais desta data-Fifa.
Vini está ‘escondido’ em Brasília
Vini se apresentou ao elenco nacional e não deu entrevistas, não mandou recados e não usou da sua condição de melhor do mundo para, ao menos, provocar os adversários. Nem Dorival usou dessa condição do atleta para mexer com seus jogadores e com o povo brasileiro.
A seleção tem o melhor do mundo e isso precisa ter um peso nos jogos das Eliminatórias e nos estádios brasileiros e um elenco admirável, de modo a fazer do treinador o responsável em montar um time e jogar bem, ganhar duas partidas, mostrar um futebol convincente. A desculpa da falta de tempo para treinar não cola mais. Ela existe.O tempo nunca é adequado. Mas é preciso encontrar caminhos novos e mais rápidos.
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O Brasil está de joelhos desde a Copa do Mundo de 2022. Falta um ano para o próximo Mundial e não se sabe nada sobre o time de Dorival. Há dúvidas até no gol, entre Ederson e Alisson, cuja lesão do primeiro definiu a escalação do segundo. Não há laterais, apesar da convocação do bom Wesley, do Flamengo.
O clima na seleção é ótimo
Ocorre que os jogadores, de modo geral, jogam bem em suas respectivas equipes na Europa e até no futebol nacional, mas são incapazes de formar um time com a camisa da seleção. Algum problema existe dentro da CBF, embora todas as imagens divulgadas pela TV da entidade mostram um ambiente bom e alegre. A política é sempre prioridade. Dia 24, véspera de Argentina e Brasil, Ednaldo Rodriguez será reeleito presidente.
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Ganhar os jogos hoje é mais importante do que jogar bem. Todos na CBF defendem isso. Por quê? Porque há a percepção de que a seleção brasileira corre, sim, risco de ficar fora da Copa de 2026. É pouco provável que aconteça, mas o Brasil não pode dar mole. O time ocupa a quinta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas, com 18 pontos em 12 jogos.
Duas derrotas, aliadas a vitórias dos rivais debaixo da tabela, Paraguai (17 pontos) e Bolívia (13), podem empurrar o Brasil para fora da zona de classificação. É provável? Não. Não porque os rivais têm mais dificuldades para ganhar suas partidas. O Paraguai enfrenta Chile e Colômbia. A Bolívia visita o Peru e recebe o Uruguai.
O inverso dessa situação seria ótimo para a seleção. Se o time de Dorival ganhar as duas partidas, soma seis pontos e salta para 24 pontos, assumindo uma posição mais digna de sua história e estrelas. O que o Brasil precisa é se garantir na Copa. Depois, imagino que tudo será mudado até a Copa, principalmente a forma de atuar.
Treino em Brasília
Sem Neymar, cortado, Dorival escalou Savinho para se juntar ao trio Rodrygo, Raphinha e Vini Jr. Os atacantes João Pedro e Endrick foram testados também. Alisson será o goleiro mais uma vez. No meio de campo, como volantes, a dupla parece definida na cabeça do treinador: Bruno Guimarães e Gerson.
O Brasil deve atuar no 4-4-2, com Vanderson e Arana nas laterais e Marquinhos e Gabriel Magalhães na zaga. Como disse, o time não é ruim. Longe disso. Mas precisa jogar. Todos eles. Estão todos devendo com a camisa da seleção, até mesmo o melhor do mundo.
