A CBF deu um passo importante em direção a um caminho sem volta para a profissionalização da arbitragem no futebol brasileiro. Profissionalizar árbitros e bandeirinhas sempre foi um pedido das pessoas que fazem futebol no país.

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Há muitas reclamações de presidentes de clubes, jogadores e torcedores quanto ao trabalho dos árbitros e do VAR. O que mais se cobra é um padrão de atuação deles.

Sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio: entidade muda comando da arbitragem do futebol mais uma vez / CBF

A entidade demitiu do comando o ex-árbitro Wilson Luiz Seneme, que já estava com os dias contados, para formar uma comissão de notáveis, com ex-árbitros que já apitaram finais de Copa do Mundo e alguns estrangeiros. Ela tira das costas de um único responsável todas as decisões para formar um grupo de trabalho. Mas abre uma janela perigosa.

Comitê com estrangeiros

A CBF terá também um comitê consultivo permanente, com a participação do italiano Nicola Rizzolli e do argentino Nestor Pitana. O paulista Rodrigo Cintra será uma espécie de coordenador, mas ele se submete às determinações do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que não abre mão de mandar em tudo e fazer as coisas do seu jeito. Não pode haver camisas de clubes debaixo dos ternos das pessoas que comandam a CBF.

O Brasil já teve escândalos de arbitragem no futebol e isso sempre deixou as entidades e os árbitros contra a parede. Há muita desconfiança. A CBF e as federações estaduais se movimentam para tentar achar caminhos, mas sempre optaram pela troca de comando da comissão responsável. Nunca deu certo.

Vai ter salário mensal

Os árbitros no futebol brasileiro são ruins e querem os holofotes, quando deveriam ser mais discretos e aparecer o menos possível nas partidas. A falta de padrão tem de ser trabalhada. As 17 regras não podem ser aplicadas de maneira subjetiva.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, aponta para a profissionalização da arbitragem no futebol brasileiro / CBF

Haverá um ranking dos melhores árbitros, mas isso já existe. Haverá cursos de preparação, mas isso também já é feito no começo das temporadas. A novidade é a profissionalização dos árbitros e auxiliares. Isso é novidade.

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Ou seja: eles passarão a ter um único trabalho. Não vão precisar depender de outras atividades paralelas nem precisarão de mais jogos para ter um salário melhor. A ideia é ter um salário fixo para os primeiros profissionais. Isso dará a eles mais tempo para se preparar, mais leitura e tempo de vídeo e menos preocupação financeira.

Aulinhas para a arbitragem

Não quer dizer que tudo vai mudar a partir de agora. É preciso muitas “aulinhas” das regras e de como essas mesmas regras devem ser aplicadas de forma clara para que o torcedor nos estádios entenda.

O VAR vai seguir o caminho da profissionalização. Será menos mambembe e mais sério. Terá menos gritaria e mais inteligência. Será mais rápido tomar as decisões porque as regras serão mais claras para eles. É o que se espera. Não há garantias de nada.

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