O filme ‘Ainda Estou Aqui’, do cineasta Walter Moreira Salles e estrelado pela atriz Fernanda Torres, ganhou o primeiro Oscar da história do cinema brasileiro na categoria melhor filme internacional. Concorria ainda em outras duas categorias e poderia ter saído aclamado do Teatro Dolby, palco da cerimônia da 97ª edição do Academy Awards.

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E o que isso tem a ver com o futebol? Por mais desconexo que pareça, o feito histórico do filme que narra o drama vivido na ditadura pela família do deputado Rubens Paiva traz consigo aquela sensação de orgulho do povo brasileiro pelas suas manifestações artísticas, algo que, no passado, esteve resumido ao futebol e seus astros de primeira grandeza.

Elenco do filme ‘Ainda Estou Aqui’, vencedor do primeiro Oscar do cinema brasileiro nos Estados Unidos / Divulgação

Lamentavelmente, apesar do prêmio, o cinema brasileiro está longe da primeira prateleira da excelência, assim como o futebol tupiniquim já não pé mais o mesmo que fora no passado, sinônimo de qualidade à toda prova.

A seleção já não nos empolga mais

Já não se pode nem dizer que o cidadão médio brasileiro vê motivo de orgulho na bola nacional e já nem briga mais com aqueles que acham Maradona melhor do que Pelé ou a seleção da Alemanha melhor do que a do Brasil. Depois daquele 7 a 1 então, nem se fale.

Nossos brios ficaram seriamente afetados a ponto de enfraquecer nosso sistema de defesa contra ataques vis ao país do Futebol. O Brasil ocupa o quinto lugar nas Eliminatórias da Copa.

Estamos sofrendo calados, diante de seguidas humilhações de times e selecionados brasileiros em torneios mundo afora. Há mais de 20 anos não chegamos nem sequer à final de uma Copa do Mundo.

No Mundial de Clubes, nossa última alegria data de 16 de dezembro de 2012, dia da improvável vitória do Corinthians sobre o Chelsea em Yokohama, no Japão. Vini Júnior deu um gás para os “pachecos” de plantão ao ganhar o troféu de melhor jogador do mundo este ano, depois de várias temporadas com nossos atletas longe do Olimpo. Kaká havia sido o último em 2007.

Oscar resgata clima de Copa do Mundo

É justo, pois, que a gente transfira parte da nossa emoção, do nosso orgulho, do nosso brio para a conquista do primeiro Oscar do cinema brasileiro. Certamente foi muito mais difícil ter chegado a este prêmio do que todos os outros ganhos no futebol.

Seleção brasileira já não empolga mais como no passado: torcedor viu no cinema um jeito de torcer / CBF

A noite de premiação trouxe de volta aquele clima de Copa do Mundo, que une brasileiros de diferentes estamentos e convicções. Ainda que o viés ideológico que serve de pano de fundo ao FlaFlu da política tenha levado uma parte dos brasileiros à indiferença –  para não dizer uma torcida contra -, é muito bom sair nas ruas e ver no rosto de muita gente a alegria verdadeira de ser brasileiro, como se cada um de nós tirasse da garganta aquele grito de campeão.

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Neste exato momento, o melhor do Brasil é o cinema brasileiro. Até que os deuses da bola resolvam nos abençoar outra vez. O Oscar é o maior gol do Brasil… e por isso que devemos todos sorrir. Ainda que uns nos queiram tristes, com a cara da desesperança, hoje é dia de sorrir!

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