A família Neymar não tem intenção, por ora, de comprar a SAF do Santos. Tanto Neymar pai quanto Neymar filho “tomam” conta do clube e apitam em diversos setores do time e da Vila Belmiro, desde sugestão de contratação de jogadores até reformas grandes no estádio.
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Nesta semana, Neymar pai divulgou uma obra que sua empresa fez na Vila. O presidente Marcelo Teixeira, também por enquanto, descarta negociar o Santos com a família do jogador e optar pelo sistema de gestão das SAFs, como fizeram Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Vasco. Dinheiro para comprar o Santos, Neymar tem.
O receio de conselheiros e dirigentes, além dos torcedores, de perder a identificação do time quando o clube é vendido não existe mais. As SAFs têm modelo de empresa, com um dono tomando todas as decisões sem precisar responder para ninguém. Erram e acertam o tempo todo. Ronaldo Fenômeno comprou o Cruzeiro e depois revendeu o clube para Pedro Lourenço.
SAF na Vila?
O caso do Botafogo do Rio é um exemplo de mando e desmando. John Textor fez o time campeão da Libertadores e do Brasileirão no ano passado, mas “abandonou” o clube nesta temporada. O time está sem treinador desde a saída de Artur Jorge.
O que a família Neymar quer é usar o Santos e suas dependências para fazer seus negócios para o jogador, para as empresas do pai do jogador e do filho e também para o Instituto Neymar Jr, que fica na Baixada.
A Vila Belmiro é o melhor escritório da família. É para lá que empresários e futuros parceiros são levados para acompanhar aos jogos da equipe em camarotes envelopados e com tratamento de primeira. No campo, Neymar faz o resto. A combinação é perfeita.
Neymar tem a chave do Santos
A família já fazia isso antes, mas não com a chave do clube nas mãos. No Santos, Neymar é príncipe. A família entende que pode ganhar mais dinheiro e ter movimentações maiores nos negócios dessa maneira do que se fosse dono da SAF do Santos. Neymar pai está fora da burocracia do futebol brasileiro, com reuniões que não levam a nada e muita cobrança por parte do torcedor.
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O Santos ainda não se manifestou sobre as reformas que ocorrem na Vila Belmiro. Isso gerou a desconfiança de que o clube pudesse ser vendido ao seu grande jogador. Marcelo Teixeira deve uma explicação a conselheiros e torcedores.
O Santos também se beneficia desta “parceria” direta e indiretamente. As reformas em alguns setores do estádio não estavam previstas, como em camarotes e no próprio vestiário. A presença de Neymar disparou o número de sócio-torcedor e passou a lotar os jogos neste Paulistão. O time está nas quartas de final. Há novos parceiros também, mesmo a despeito de o atacante ficar com a maior parte dos contratos.
Não sei o que estão reclamando, se não fosse o Neymar, onde estaria o Santos?