Fifa, Conmebol e CBF estão na contramão dos clubes no que diz respeito ao interesse com os jovens jogadores, aqueles que são negociados por milhões de euros a cada janela de transferência, como Endrick, Estêvão, Vitor Reis e William Gomes.
Enquanto os clubes europeus, por exemplo, abrem os cofres para contratar nossos garotos das bases, brasileiros e sul-americanos, de modo geral, e tratam essas revelações como verdadeiras joias raras, as entidades esportivas que comandam o futebol do continente dão a mínima para eles e os fazem disputar torneios de categorias inferiores como se estivessem em partidas de várzea, sem público, sem prestígio e em campos modestos.
Nossos garotos não merecem esse tratamento. Já são profissionais com poder de salvar muitos clubes da falência. Mas são jogados em competições que não levam a lugar nenhum, desfalcam seus respectivos times e ainda correm o risco de contusões. Os Estaduais começaram com alguns desfalques, como Breno Bidon, no meio de campo do Corinthians.
Breno Bidon, Wesley, Moscardo…
No Palmeiras dos anos 2000, havia um volante chamado Ferrugem. Ele era bom de bola, mas não se firmava no time de Felipão porque sempre estava sendo convocado para servir as seleções de base. Não virou.
Os clubes brasileiros precisam de seus jogadores vindos da base. Por isso, eles relutam em liberá-los para a CBF nesses torneios mequetrefes. Começo a dar razão aos clubes. Entendo que para os atletas também é um desejo vestir a camisa do Brasil.
A seleção brasileira que joga o Sul-americano Sub-20 tem garotos como Breno Bidon, Wesley, Pedrinho, Moscardo e tantos outros que desfalcam seus respectivos times para disputar uma competição da Conmebol entregue às moscas.
Risco de contusão
A Copinha, organizada pela Federação Paulista de Futebol, com quase uma centena de equipes e que teve o São Paulo como campeão nesta temporada, tem muito mais relevância do que esse Sul-Americano jogado na Venezuela.
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A maior responsabilidade desse fracasso é da Conmebol, seguido pela CBF. Essas entidades gigantes do futebol deveriam se mirar na FPF para aprender a valorizar seu produto, talvez numa data melhor e com mais organização e interesse.
Esses meninos valem ouro. Eles merecem estar em competições mais bem valorizadas e que deem a eles e aos clubes formadores algumas conquistas importantes e de maior relevância. A propósito, o Brasil ganhou do Equador por 3 a 2 e se classificou para a próxima fase do Sul-Americano Sub-20.