O futebol sul-americano teve mais um capítulo vergonhoso. Desta vez na Libertadores, organizada pela Conmebol. Pelas imagens da ESPN, acompanhamos a crise de segurança em Buenos Aires para escoltar a delegação do Atlético-MG do hotel para o estádio Monumental de Nuñez, onde a equipe brasileira enfrenta o River Plate na partida de volta da semifinal da competição.

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A polícia simplesmente parou o ônibus do Galo para informar que não tinha condições de fazer a segurança do clube brasileiro. Depois de muita conversa, exigências por parte dos representantes da equipe brasileira e confusão, o ônibus seguiu para o estádio com meia hora de atraso. Os portões do Monumental já estavam abertos.

Havia conflito nas imediações do estádio, o que teria provocado a reação da polícia de segurar o ônibus brasileiro. Dirigentes do Atlético-MG chamaram o episódio de “vergonha”.

O clube ameaçou não jogar se a polícia Argentina não oferecesse segurança. A delegação mineira chegou a admitir seu retorno para o estádio. Havia luz do dia ainda, mas a delegação só ganhou o estádio depois das 20h11.

A Conmebol precisa ser cobrada. Somente a Fifa está acima dela. A CBF deve mandar um manifesto de repúdio, mas não vai pressionar sua parceira sediada em Luke. Todo esse incômodo pode tirar a concentração do Atlético-MG, que ganhou o jogo de ida por 3 a 0.

Na parte superior do ônibus parado, Deyverson e Hulk observavam a confusão. É preciso repensar a organização da Libertadores e saber se ela continua relevante. Faltaram mais policiamento e delegados da Conmebol com o Galo.

Jogo do Atlético-MG no Monumental contra o River teve confusão por falta de segurança ao time brasileiro / Atlético-MG

O futebol não pode ser refém de torcedores ou da bagunça de um país. Uma equipe não pode ser ameaçada e exposta quando visita um país vizinho para uma partida oficial. Os clubes são a existência de tudo isso. Eles devem ser respeitados, protegidos e tratados com dignidade. Não importa o seu tamanho, sua nacionalidade ou a importância de sua bandeira no cenário sul-americano.

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Para chegar ao estádio, depois de toda essa confusão, o ônibus do Atlético teve de enfrentar trânsito comum, mudar de trajeto e esperar. Não havia batedores capazes de abrir o caminho. De fato, foi tudo uma vergonha.

Houve briga de torcida durante o dia, segundo relato da imprensa local. O futebol não pode ser essa guerra declarada e cada vez mais declarada sem que nada aconteça. As polícias são incompetentes. Todas elas. Estão longe de trabalhar em parceria com outras de países vizinhos, não há inteligência. A Conmebol precisa dar explicações.

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