O Real Madrid é campeão espanhol com antecipação após a derrota do Barcelona neste sábado para o Girona. O clube madrilenho não teve dificuldades para se sagrar vencedor na temporada. Dois brasileiros contribuíram muito para essa conquistas: Vinícius Júnior e Rodrygo. Ambos do ataque. Ambos titulares e da confiança do técnico italiano Carlo Ancelotti.

Vini festeja o título pela pela terceira vez. Para ele, a conquista é uma vitória pessoal também contra os racistas da Espanha que o perseguiram na disputa e o perseguem há três anos. Ele marcou 13 gols até agora. Foi nesta edição ainda que outro brasileiro, Rodrygo, ganhou mais espaço e confiança. De jogador que entrava no segundo tempo, ele passou a titular e um dos principais atleta da equipe.

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O clube espanhol espera agora pela chegada de outro brasileiro no ataque, Endrick. O garoto do Palmeiras deixa um clube campeão nacional para se juntar a outro também campeão em seu país. Era ainda para Carlo Ancelotti assumir a seleção brasileira, como garantiu o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Só que não! O treinador italiano nunca se pronunciou sobre o assunto dessa forma, como se o Brasil fosse o seu destino depois da temporada na Espanha e Europa. Mas a CBF tinha certeza de que ele não recusaria a equipe pentacampeã do mundo, que estava sob o comando de Fernando Diniz, portanto, antes da chegada de Dorival Júnior.

Vini Jr festeja mais uma conquista na Espanha: ano de superação do jogador contra os racistas nos estádios / Real Madrid

Tudo não passou de um sonho de Ednaldo. Ancelotti renovou com o Real Madrid por mais uma temporada antes de ser campeão espanhol neste sábado. Os grandes técnicos europeus ainda preferem trabalhar em clubes do que nas seleções. O Real Madrid tem 36 taças da LaLiga. Tem nove conquistas a mais do que seu maior adversário, o Barcelona. Agora, joga para eliminar o Bayern de Munique na semifinal da Champions League e chegar a mais uma decisão.

Bellingham foi o grande destaque da temporada, mas Vini Jr precisa ser reverenciado por sua coragem de continuar em campo mesmo contra a perseguição dos espanhóis por causa de sua cor. Eu mesmo já escrevi aqui que ele deveria pegar suas coisas e se mandar da Espanha. Não seria uma fuga, mas um “não” sem precedentes na história do futebol espanhol, incapaz de vencer sua luta contra o racismo nos estádios contra apenas um jogador. Dessa forma, a Espanha deve ficar fora de tudo como país-sede de eventos esportivos da Fifa. Os espanhóis se mostraram para o mundo no episódio Vini Jr como um povo racista e de comportamento ultrapassado. Sofrerá com isso.

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Então, a conquista do Real Madrid, com o atacante brasileiro como personagem, é um tapa na cara dos torcedores racistas e de todos aqueles que tentaram parar Vini com ofensas cruéis e descabidas por causa de sua cor de pele. Ele chorou, comentou, processou e condenou seus algozes, mas nunca deixou de jogar futebol e fazer seu melhor para o clube que o tirou do Brasil.

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