A imagem do Corinthians continua sendo arranhada pelos seus dirigentes. Há um pedido de impeachment contra o presidente Augusto Melo e agora há também um pedido para destituição do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr.
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O clube está prestes a divulgar seu pedido de recuperação judicial, um passo antes da falência. Mas ele nunca vai falir. Trata-se de uma manobra judicial para o Corinthians ter a possibilidade de suspender e renegociar as suas dívidas. As empresas se valem desse expediente para evitar a falência e ganhar fôlego no caixa.
A bagunça da gestão do clube só piora e parece não ter fim com essa turma. Os dois cargos de maior peso e prestígio no comando do Corinthians estão sob ameaça. Seus ocupantes travam uma guerra ferrenha, que não aconteça mais nos bastidores.
As desavenças políticas são precedidas de dedos na cara, provocações e xingamentos. Uma balbúrdia. Pessoas sérias que poderiam ajudar já pularam fora. Há algumas outras que ainda acreditam. Mas o carro não anda. Augusto Melo está em seu segundo ano de mandato.
Pelo poder do Corinthians
O razoável já ficou lá atrás há muito tempo. Mas o que está em jogo entre Melo e Tuma Jr.? O poder de um dos principais clubes do futebol brasileiro, capaz de gerar uma receita anual de R$ 1 bilhão, colocar seus mandatários no holofote e dar a eles uma série de regalias, diretas e indiretas, além de tapinhas nas costas de conselheiros e gente falsa.
Há muitos investidores e dinheiro correndo solto nesse caminho. Há um clube social para desfrutar, um time para comandar e uma torcida de 30 milhões de seguidores para ouvir. O presidente do clube tem a chave de tudo isso.
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No caso do presidente do Conselho Deliberativo, sua função é fiscalizar os passos de quem comanda o clube. Ocorre que nada disso acontece no Parque São Jorge. Ninguém merece confiança. Pelo contrário: há muita desconfiança em todas as ações no Corinthians. Nada parece acontecer naturalmente, como as águas de um rio correrem para o mar.
A oposição virou situação na última eleição e ela é detonada pelos que deixaram o poder. Mas a gestão de Augusto Melo é desastrosa e irresponsável financeiramente. Não há nenhuma movimentação no sentido de colocar o clube nos trilhos.
Gaviões da Fiel
O melhor plano de gestão na administração de Melo foi feito pela Gaviões da Fiel, o da vaquinha para tentar milagrosamente pagar o estádio em Itaquera. A organizada do Corinthians, ao menos, faz dinheiro novo. Porque nem isso Melo fez. E agora é usada para que ele se mantenha no cargo.
O Corinthians é um barril de pólvora prestes a explodir e a colocar para fora dois presidentes, do clube e do Conselho. O Corinthians tem uma dívida de mais de R$ 2,4 bilhões e os credores estão batendo em sua porta. Uma SAF está descartada. No entanto, são tramadas manobras jurídicas a fim de empurrar suas dívidas para bem longe. Por ora, o futebol é uma ilha nesse lamaçal. Quando começar a atrasar salários por mais de mês, o circo vai pegar fogo.
