O Corinthians ganhou seu primeiro jogo no Brasileirão-25 sem precisar fazer esforço. O Vasco, sem seus principais titulares, foi uma presa fácil para o Timão na noite deste sábado, na Neo Química Arena. O placar final de 3 a 0 é até pouco diante da superioridade da equipe paulista.
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E, de fato, o jogo poderia ter acabado em 5 a 0, isso se o VAR não tivesse anulado mais dois gols anotados por Mateus Bidu e Memphis Depay no segundo tempo por conta daqueles detalhes que só o árbitro de vídeo consegue ver.

A interferência da equipe de cabine e a forma como o árbitro Daronco conduziu a partida revoltou o elenco corintiano. Na anulação de um dos gols, Ramón Díaz reclamou e foi expulso. Na saída de campo, Depay abriu fogo contra o que ele considerou erros graves do apito. Especialmente um lance em que foi derrubado com uma entrada mais violenta no seu tornozelo esquerdo, e o árbitro não expulsou o infrator.
O desabafo de Memphis
Chateado, mesmo com a vitória e com a indicação de melhor jogador em campo, o craque holandês pediu providências dos dirigentes. Ele deveria ter mostrado o cartão vermelho naquele lance. Falei isso para ele. As pessoas que dirigem o futebol devem corrigir isso”, protestou. “Mas eles preferem criar regras para não subir na bola”.
Quem também deu um recado forte na entrevista pós-jogo foi o atacante Veggetti, do Vasco. Ele praticamente condenou o trabalho do técnico Fábio Carille, que ficou ainda mais pressionado pelo risco da demissão. Sem citar nomes, o atacante lamentou as falhas de posicionamento da equipe que sofreu seis gols nos dois últimos jogos – três contra o Melgar e três contra o Corinthians.
É impossível competir assim. É até chato eu falar porque parece que estou criticando… porque não estava em campo desde o começo da partida, mas o fato é que tomamos muitos gols bobos, em erros infantis que não podem mais acontecer.
VEGGETTI atacante do vasco
A queixa de Veggetti resume o que foi o jogo. O Corinthians, bem posicionado, foi armado para não dar espaços para o adversário e não correr risco de ser surpreendido em casa outra vez, como aconteceu contra o Huracán. A opção de Carille de deixar no banco seus principais jogadores de ataque contribuiu para esse cenário de tranquilidade.
Mesmo com desfalques importantes, Ramón manteve o esquema do losango no meio de campo com três volantes e, enfim, com Coronado fazendo a função de homem de ligação na ausência de Garro. Bem ajustado, o time resolveu o jogo em 20 minutos. E deve o êxito à tarde inspirada da sua dupla de ataque.
Memphis e Yuri
No primeiro gol, num lance genial, Memphis ajeitou a bola com um toque de peito para um arremate preciso de Yuri Alberto na entrada da área. No segundo, inverteu-se a dinâmica do lance. Yuri penetrou pela direita e rolou um passe milimétrico para o parceiro, que só teve o trabalho de dominar e tocar com classe por cima do goleiro vascaíno.
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A partir daí o jogo ficou à mercê do Corinthians. Com bastante esmero na troca de passes curtos no meio de campo, o time soube explorar a fragilidade do adversário e controlou o jogo à sua maneira. O que mereceu a aprovação de Memphis. “Em outros jogos, não soubemos controlar a partida como hoje. Futebol não se joga só com os pés, mas também com a mente.”

Na etapa final, mesmo com o Vasco tentando sair mais para o jogo para diminuir a diferença, quem esteve sempre mais próximo do gol foi o Corinthians. Que marcou com Bidu e Memphis, em jogadas anuladas pelo VAR. Depois disso, conseguiu, enfim, decretar o placar final com mais um gol com a partição de Memphis. Ele recebeu belo cruzamento de Romero, chutou em cima do goleiro, mas a bola rebateu na cabeça do zagueiro João Victor e entrou.
Fiel feliz
Se não foi uma atuação brilhante, a vitória tranquila deixou a Fiel feliz. E ajudou a recuperar a confiança geral, depois do insucesso na Sul-Americana e do empate na estreia do Brasileirão, em Salvador.
Os dois times voltam a campo terça-feira pelo torneio continental. O Vasco pega o Puerto Cabello, num duelo que pode custar a cabeça de Carille. O Corinthians enfrenta o América de Cali, na Colômbia, também precisando a qualquer custo de uma vitória para manter-se vivo na competição e para dar um pouco de sossego para Ramón Díaz, sempre visto com ressalvas em Itaquera e região.