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O Corinthians reduziu suas chances de disputar uma final de campeonato nesta temporada. Em Itaquera, na quinta-feira de chuva em São Paulo, o time apenas empatou por 2 a 2 com o bom Racing e agora precisa vencer na casa do rival argentino para chegar à decisão da Sul-Americana. O segundo jogo é em Buenos Aires.

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O título, se vier, não vai fazer diferença na história do clube. O que faria diferença agora é o prêmio dado ao campeão de R$ 30 milhões. Somando as cotas pagas por avanço de fase, o montante chegaria a R$ 50 milhões. Não é dinheiro irrisório para a receita anual do clube nem para o tamanho do seu rombo financeiro.

Esse dinheiro, no entanto, ficou mais longe da conta bancária do Corinthians com o resultado do primeiro jogo em Itaquera. O time teve lampejos de bom futebol e um Yuri Alberto energizado. De resto, foi fraco. Memphis Depay foi bem no primeiro tempo.

Não se sabe quanto tempo ele jogará na capital portenha por causa do jogo de segunda-feira contra o Palmeiras pelo Brasileirão. Será seu primeiro clássico.

A chuva atrapalhou o rendimento do Corinthians em Itaquera: Depay, ainda assim, fez boa apresentação / Corinthians

Se eu fosse o técnico Ramón Díaz, faria minha preleção em cima dessas cifras que o clube pode ganhar se for para a decisão contra o Cruzeiro, que passou pelo Lanús. Numa hipotética frase, eu diria: “se a gente não ganhar essa competição e não trouxer esse dinheiro para o clube, nossos salários e direitos de imagens vão continuar atrasados”. Quer incentivo melhor do que esse?

O Corinthians precisava fazer um jogo melhor contra o Racing nesta quinta-feira. É sua maior chance. Não apostaria no time brasileiro em Buenos Aires. Vejo o Racing mais forte. Quem ganhar vai para a final. Outro empate leva a decisão para os pênaltis.

Seria um golpe para a Conmebol ter também na Copa Sul-Americana dois times do Brasil fazendo a final, a exemplo do que vai acontecer com a Libertadores, entre Botafogo e Atlético-MG.

O empate em casa não tirou o Corinthians do páreo, mas dificultou sua vida, principalmente porque o time ainda se vê assombrado pelo rebaixamento no Brasileirão, de modo a ter de dividir suas atenções entre as duas competições e escolher o torneio nacional como prioridade. A novidade é que a equipe joga desta vez fora do Z-4.

Escrevi recentemente que a dupla de treinadores, Ramón Díaz e seu filhote Emiliano, precisa ser mais cobrada. Até agora, o Corinthians não mostra esquemas táticos claros e situações de jogo definidas. Apela, quase sempre, para o talento de seus jogadores e não passa confiança ao torcedor. Ramón é simpático e tenta deixar as situações claras. Mas só isso não basta.

A única mudança percebida até agora desde que os Díaz chegaram foi liberar Garro para atuar em qualquer setor do campo. Foi um acerto e um ganho para o time, mas ainda pequeno para o tamanho do endividamento do clube com reforços somente neste ano. Foram investidos R$ 250 milhões em contratações, salários, luvas e pagamentos dessa natureza.

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Nesta partida de volta contra o Racing, o Corinthians precisa empatar para levar a decisão para os pênaltis. Se vencer, se classifica para a final. Se perder, estará fora, repetindo o que aconteceu na Copa do Brasil diante do Flamengo. O Corinthians tem ido longe nas Copas. A sensação é que já está no lucro.

Nesta segunda-feira, o time enfrenta o Palmeiras embalado pela vitória diante do Cuiabá e de sua fuga do Z-4.

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