O Corinthians começa a preocupar o seu torcedor. O time se arruma em uma competição, como na Copa Sul-Americana, e se desarruma em outra, como no Brasileirão, torneio no qual deveria concentrar suas forças por motivos óbvios, o rebaixamento. António Oliveira não consegue avançar no seu trabalho no Parque São Jorge. Refiro-me ao posicionamento dos atletas, jogadas ensaiadas, entrosamento, marcação em bloco, reposicionamento e até escolhas táticas, ora com mais meias, ora com mais zagueiros, ora com mais atacantes.
Nesses meses de trabalho, vejo poucas definições e situações mais claras em campo: Breno Bidon pode ser um volante ou um meia mais ofensivo. Quando ele consegue acelerar o jogo, o time ganha ritmo; e Wesley, que está liberado para atacar pela esquerda com seus dribles em velocidade e para cima da marcação. O Corinthians deveria explorar mais o garoto e seu estilo de jogo.
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De modo geral, os jogadores corintianos são esforçados, mas tecnicamente inferiores aos rivais. O Corinthians sofre para construir as jogadas e seus homens de armação, como Garro, estão em sintonia lenta, como se viu no jogo deste sábado contra o Flamengo, no Maracanã. Os raros contra-ataques são feitos por um homem só. Geralmente, com Yuri Alberto, isolado na frente, até porque Wesley e Romero voltam para marcar pelos cantos do campo.
António Oliveira demora para fazer a leitura de um jogo. Na derrota para o Flamengo por 2 a 0, Gerson tomou conta do meio de campo mais até do que De La Cruz. Era preciso ter alguém em sua marcação logo nos minutos iniciais, quando já dava para perceber essa movimentação do camisa 8 da equipe de Tite. O Corinthians poderia ter perdido de mais. Carlos Miguel, que falhou no gol de Pedro, fez ao menos três boas defesas. O Flamengo também tirou o pé. Cebolinha, que fez Fagner de gato e sapato, cansou e diminuiu seu ritmo. O lateral pôde respirar antes de sair aos 36 do segundo tempo.
Ao Corinthians falta, por ora, um padrão de jogo mais consistente ou mesmo uma condição mais segura para enfrentar seus adversários em todos os setores do campo. Quando a defesa vai bem, falta qualidade ao meio e ao ataque. Quando o meia se destaca, a defesa entrega. Os atacantes precisam dos armadores mais próximos e das bolas mais “redondas” e menos divididas. Isso acontece pouco durante as partidas. O time conseguiu ser um amontado dentro do gigante Maracanã. Depois que sofre os gols, fica tudo mais difícil.
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Em seis rodadas do Brasileirão, o Corinthians tem uma vitória, dois empates e três derrotas. É preocupante. Tem cinco pontos apenas. Pode dormir na zona de rebaixamento após a rodada ser completada.
[…] fase e por tudo de errado que aconteceu com o time nos últimos anos é um erro grotesco e injusto. O técnico António Oliveira não podia cair na pilha do torcedor. Mas ele preferiu mandar Cássio para o banco. Conduziu mal a situação e se fez refém dos gritos […]
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