O Corinthians está fora da Copa do Sul-Americana e não vai disputar a Copa do Brasil do ano que vem. Ganhar a competição internacional era o único caminho para se classificar para o torneio nacional, o mais rentável do futebol brasileiro.
Nem isso o Corinthians terá em 2025. O time de Ramón Díaz até começou bem, com gol de Yuri Alberto, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo e perdeu por 2 a 1 em Avellaneda.
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Depois disso, o time brasileiro fez o jogo que o corintiano está acostumado a ver: com muita entrega e pouca técnica, com a bola nos pés, mas sem oportunidades.
Ramón Díaz, que disse após o empate por 2 a 2, semana passada, nunca ter perdido para o Racing em seu domínio, amargou “a primeira derrota” na carreira.
Assim, o time deu adeus à disputa e agora se agarrar unicamente ao seu trabalho para afastar o Corinthians dos riscos de ser rebaixado.O time não está mais no Z-4.
O Corinthians também perdeu dinheiro. Ganharia mais R$ 11 milhões por chegar à final. Esse valor poderia virar R$ 35 milhões se fosse campeão. Nada mal para um time em que as contas vão aparecendo debaixo da porta diariamente.
Queríamos ganhar esse título para a torcida. Tentamos de tudo. Começamos bem e depois ficamos desconcentrados e não voltamos a ser o mesmo time. Tomara a gente consiga levar isso como aprendizado. ROMERO
O clube mandante fez seu jogo também. E a catimba argentina tem nome: Racing. Com a vantagem e a classificação asseguradas para a final contra o Cruzeiro, que passou pelo Lanús um dia antes, os jogadores do Racing deram a bola para o rival e não seguraram as trombadas e empurrões nos limites das faltas.
O jogo ficou picotado e em jogo baixo. Mesmo assim, o time de Buenos Aires não deixou de atacar, principalmente pela direita, sempre com cruzamentos na área. Cada bola parada do Racing demorava uma eternidade. O time portenho estava na sua.
Quatro atacantes no fim
Ramón encheu o Corinthians de atacantes na esperança de encontrar um pé salvador que pudesse empurrar a bola para o gol. Memphis Depay permaneceu após o intervalo, assim como Yuri Alberto. Talles Magno e Romero reforçaram o setor. Garro, que não estava bem, saiu. Mas nada mudou.
Vale ressaltar que a torcida do Racing fez mais uma festa linda, com lotação máxima em sua casa. O Racing brigou mais pela bola. Mereceu a vaga.
O Corinthians apresentou os problemas de sempre: lentidão e falta de criatividade. Faltou o segundo gol para levar a decisão para os pênaltis. Os passes viraram chutes para frente e para o alto, na tentativa de encontrar um dos muitos atacantes do time. Nada.
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Chegar a uma semifinal de Sul-Americana, cá entre nós, foi muito além do que o torcedor corintiano esperava. O Corinthians foi construído e reconstruído durante a temporada, com a saída de jogadores e a chegada de muitos outros.
Todos sabemos que não é assim que se faz. As Copas foram um alento para os torcedores.
O foco agora é o Brasileirão. O próximo jogo? O clássico com o Palmeiras na segunda-feira. O time precisa de duas vitórias para se distanciar do Z-4. Não está salvo ainda.