A Esportes da Sorte, site de apostas esportivas no Brasil, perdeu mais um clube, o Bahia, e corre o risco de ver seus patrocinados do futebol pularem fora até que se resolva sua situação para operar no país e esclareça todos os imbróglios judiciais envolvendo seus proprietários. O governo não sinaliza com a possibilidade de liberar a bet para suas operações nesse momento.
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O Bahia, de Rogério Ceni e do grupo que tem o Manchester City como principal clube associado, encerrou o contrato com a Esportes da Sorte nesta semana. Não bateu no site de apostas, tampouco apontou os reais motivos do rompimento. Informou apenas que o clube procura novas estratégias comerciais.
Parece óbvio que a decisão ocorre porque a empresa de apostas não está legalizada no Brasil. O Bahia teme perder tempo e dinheiro com o site, e, principalmente, de ter seu nome envolvido com uma bet ilegal e cheia de problemas com a polícia e com as leis brasileiras. Nenhum clube de futebol quer se associar a um parceiro dessa natureza.
Bahia e Athletico-PR romperam
O Bahia recebia por ano a quantia de R$ 57 milhões da Esportes da Sorte. Antes de ele romper com o site de apostas, o Athletico-PR já havia tomado a mesma decisão. Ambos eram patrocinados pela bet.
Há ainda outros três clubes com contratos assinados com a empresa de apostas: Corinthians, Grêmio e Náutico. Todos eles estão sem saber o que fazer com o contrato que têm em mãos.
Corinthians em silêncio
O Corinthians, do presidente Augusto Melo, é quem recebe mais: R$ 103 milhões por temporada. O site operava com aval da Loteria do Rio de Janeiro, mas o ministro André Mendonça, do STF, proibiu suas ações em âmbito nacional. Desde então, a bet tenta sua liberação.
Não seria o caso de o Corinthians também abrir mão do dinheiro da casa de apostas, principalmente porque o seu presidente está envolvido num caso de possível impeachment no clube por gestão de risco e desvio de dinheiro?
É a segunda tentativa de Augusto Melo de se juntar a uma empresa de apostas esportivas e quebrar a cara. Foi assim também com a Vai de Bet, que motivou a acusação de comissão paga indevidamente para um ‘laranja’, conforme divulgou o UOL. O presidente ainda não se explicou sobre isso. Há investigação na polícia sendo feitas.
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Melo diz que tem garantias financeiras no contrato com a Esportes da Sorte que dá ao clube uma rescisão bastante polpuda. É a empresa, por exemplo, que paga o salário mensal de R$ 3 milhões de Memphis Depay e todos os seus prêmios por produtividade no time. Por ora, o Corinthians não tomou nenhuma decisão sobre a sua patrocinadora. Nem Grêmio nem Náutico.
Na segunda-feira, o conselho do Corinthians votará pelo afastamento ou não do presidente Augusto Melo.
