Tanto Dorival Júnior quanto Rodrigo Caetano, diretor da CBF, já se consideram demitidos do comando da seleção brasileira. Eles vão para a reunião com o presidente Ednaldo Rodrigues, marcada para esta sexta-feira, já com a Carteira Profissional de Trabalho nas mãos para dar baixa. Qualquer definição que não seja essa será uma surpresa para o treinador e seu chefe de seleções. Ednaldo já tomou sua decisão, principalmente porque ele sofre muita pressão vinda de Brasília.

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É preciso entender também a cabeça do presidente da CBF e sua conduta dentro da entidade para a qual foi eleito até 2030. Ele não demite ninguém. Ele encosta seus diretores e colaboradores, de modo a enfraquecê-los até a insignificância. Há muitos desses trabalhando dentro da CBF, feito árvores apodrecidas, mas que estão lá, na folha de pagamento, ganhando o seu soldo normalmente.

Rodrigo Caetano, diretor de seleções, e Dorival Jr, técnico do Brasil: continuidade do trabalho por um fio / CBF

No entanto, o problema com Dorival Júnior é bem diferente. Ednaldo tem um país contra o treinador brasileiro. De terça-feira para cá, após o desastre de Buenos Aires, com derrota por 4 a 1 para a Argentina, não ouvi ninguém defendendo Dorival. Ninguém.

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Essa pressão sobre o treinador da seleção não pertence mais a Dorival. Ela é de Ednaldo. O fardo de mantê-lo vai recair nas costas do presidente da CBF, tudo o que ele não quer nem precisa dias depois de ter sido eleito por unanimidade pelo colegiado formado por federações e clubes.

Dorival virou inconveniente

Portanto, Dorival Júnior virou um ‘inconveniente’ para Ednaldo e seu reinado. De modo que isso fará com que ele mude o seu modus operandi no trato com seus subordinados. Ele terá de tomar uma decisão para não ter sua imagem arranhada. Para se ter uma ideia, Ednaldo disse que demitiria Ramon Menezes depois do seu fiasco no comando da mesma seleção, antes de Fernando Diniz. Ele também encaminhou a saída de Branco, ex-lateral e campeão mundial em 1994, das categorias de base. Mas ambos permanecem na CBF.

Ednaldo Rodrigues quer paz. Ou melhor: não quer ter problemas. E ele tem agora um problemão com a seleção brasileira para resolver. Há outros, mas a mudança de treinador é a mais urgente.

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