Dorival Júnior tem dois planos para a seleção brasileira a curto prazo: tirar a pressão que seus principais jogadores, como Vini Jr., sofrem com a camisa do Brasil e acompanhar de perto a recuperação de Neymar, que já está a mais de 11 meses fora de combate após passar por cirurgia no joelho esquerdo. Era para o atacante do Al-Hilal ter voltado em agosto. Depois, o prazo ficou para setembro. Agora, a informação da CBF é que ele não jogará nesta temporada.
Dorival disse que o torcedor brasileiro caiu na real e passou a entender quanto a seleção depende de Neymar. Ele disse isso durante sua convocação nesta sexta-feira para mais dois jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo, em outubro, contra Chile, fora de casa, e Peru, em Brasília. Aqui vale uma ressalva: o estádio Mané Garrincha virou o queridinho dos clubes e da CBF. São Paulo e Corinthians vão jogar no DF neste domingo.
Estamos tendo a percepção do quanto esse jogador (Neymar) é importante. Que nesses próximos anos, a partir do momento que ele retorne, possamos desfrutar de um dos grandes jogadores do futebol mundial em um momento marcante na carreira dele e na nossa seleção. Vamos aguardar, temos paciência, não tem importância se ele não puder voltar em outubro, novembro ou só em fevereiro. Ele tem de estar confiante, atuando e, principalmente, totalmente zerado em relação a essa lesão.
DORIVAL
Dorival não sabe explicar por que seus jogadores são referências na Europa e jogam bem em seus respectivos clubes e não vão bem com a camisa do Brasil. A seleção brasileira é quinta colocada nas Eliminatórias. Sua posição não é confortável. As duas partidas da data-Fifa serão contra o lanterna e o vice-lanterna da competição. Não poderia ter molezinha maior.
O que Dorival precisa entender é que o problema não é sua lista, mas a maneira de atuar. O Brasil tem bons jogadores em todas as posições, mas carece de um sistema de jogo e de jogadas. O time não tem padrão nenhum. Jogou as duas últimas partidas para somar pontos e nada mais. Não é ainda uma equipe. É um amontoado de jogadores esforçados à espera de comandos.
Dorival não tem culpa do tempo perdido antes de sua chegada. Isso não quer dizer que não será cobrado agora. Ele tem de acelerar. Tem de encontrar maneiras para fazer isso. Quando aceitou o papel, sabia como seria. Tinha noção do que era a CBF e conhecia muito bem a pressão do lado de fora.
Sua lista de jogadores não merece mais tanta discussão. Há algumas novidades, que muito provavelmente não vão atuar ou jogarão pouco tempo. Não é dessas caras novas que se espera bom futebol. O desafio é jogar bem coletivamente. Dorival tem de acertar posicionamentos e aproximações. O meio de campo tem de funcionar para que o ataque tenha relevância.
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VEJA A LISTA DE DORIVAL
Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr) e Ederson (Manchester City);
Laterais: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Abner (Lyon) e Guilherme Arana (Atlético-MG)
Zagueiros: Bremer (Juventus), Éder Militão (Real Madrid), Gabriel Magalhães (Arsenal) e Marquinhos (PSG);
Meio-campistas: André (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle), Gerson (Flamengo), Lucas Paquetá (West Ham) e Rodrygo (Real Madrid);
Atacantes: Endrick (Real Madrid), Igor Jesus (Botafogo), Gabriel Martinelli (Arsenal), Luiz Henrique (Botafogo), Raphinha (Barcelona), Savinho (Manchester City) e Vinicius Junior (Real Madrid)
DATA DOS JOGOS
10/10 – Chile x Brasil – Santiago
15/10 – Brasil x Peru – Brasília