Quero tocar em três pontos na boa vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro por 2 a 0 na noite deste sábado, no Allianz Parque. A primeira delas é a falta de eficiência de Flaco López na cara do gol. Quando Abel Ferreira fala de ser eficiente no jogo em suas entrevistas, ele não tem coragem de citar o atacante argentino do time. Mas tem sido assim já faz algum tempo. Flaco não pode ser ineficiente em bolas tão fáceis, como o gol desperdiçado na frente de Cássio no começo do primeiro tempo.

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O gol marcado pelo atacante ainda na etapa inicial não pode apagar seus erros. Ele foi mal em outra oportunidade clara, essa já no segundo tempo. Os gols desperdiçados pelo jogador fazem falta e podem comprometer a vitória do time. Não foi dessa vez, mas lpoderia ter sido. Flaco melhorou muito do que era, mas precisa ser mais do que é. Talvez ele tenha chegado ao seu limite, então é pouco para o Palmeiras. Por ora, ele ganha a preferência do treinador na briga com Rony por ser o artilheiro do time na temporada.

Flaco López festeja gol do Palmeiras contra o Cruzeiro: atacante argentino desperdiçou outros dois / Agência Palmeiras

O segundo destaque é positivo. Dudu faz sua primeira partida como titular depois de sua recuperação física e clínica e de toda a confusão com sua “ida e volta” do Cruzeiro depois de sua apresentação nas redes sociais do clube de Minas. Parece que foi até uma ironia de Abel escalá-lo logo contra o rival mineiro. Mas não foi. O treinador e o Palmeiras não trabalham dessa forma.

Dudu foi muito bem pelo lado direito, seu lugar, onde sempre fez as melhores jogadas. Estêvão não jogou por estar machucado. A vaga então caiu no colo de Dudu. Deu passes, deu dribles, fez jogadas importantes e tentou o gol. Foi sua melhor partida desde sua volta.

Por fim, independentemente do resultado, Murilo precisa ser mais zagueiro e menos armador. Ele não tem categoria para lançar bolas e erra demais em momentos e em setores perigosos do campo. Errou quando o time estava saindo para o ataque. Errou passes também no meio do campo e isso propiciou contra-ataques do rival.

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Não é o Murilo que deve conduzir essa bola no meio de campo nem nas saídas do Palmeiras. Para isso há os volantes e o meia Raphael Veiga. Entendo que Murilo também volta depois de um período fora por contusão, mas ele precisa tomar cuidado com essas jogadas. Tem comprometido, apesar de ser bom jogador.

O segundo tempo foi perigoso para o Palmeiras. Teve chances, mas também permitiu que o Cruzeiro tivesse. Foi um bom jogo, com boas defesas de Weverton. Gabriel Menino fez o segundo gol no finalzinho e confirmou mais uma vitória. O Palmeiras não perde em casa há nove meses. Com os três pontos, o time retoma a posição do Flamengo e continua na cola do líder Botafogo.

Davi Oliveira Lacerda deu o gol do Cruzeiro e depois foi induzido pelo VAR a mudar de ideia / Agência Palmeiras

Há ainda um quarto momento que precisa ser comentado e analisado desse jogo: a péssima decisão da arbitragem de anular o gol do Cruzeiro. O juiz Davi Oliveira Lacerda deu o gol e não marcou nada em um lance em cima de Zé Rafael no campo de ataque do Palmeiras. Depois do gol, na sequência da jogada, ele foi chamado pelo VAR para ver a imagem da possível falta.

Olhou, olhou, olhou e deu a infração, anulando o gol do time de Minas. Errou e foi atrapalhado pelo VAR. A bem da verdade, ninguém estava sabendo o que fazer. Nem o árbitro de campo nem a péssima turma do VAR.

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