Boca x River. Roma x Lazio. Fenerbahçe x Galatasaray. Real Madrid x Barcelona. Celtic x Rangers. Roma x Inter. Al Ahly x Zamalek. Fla x Flu. Manchester United x Liverpool. Cruzeiro x Atlético-MG. Escolha qualquer clássico desses, elencados no ranking das maiores rivalidades do futebol mundial, e coloque uma dose extra de incompatibilidade de gênios.
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Pronto, você acabou de experimentar a receita que resulta num Corinthians x Palmeiras, justamente o confronto que decide mais uma vez o Campeonato Paulista, nesta quinta-feira, dia 27, na Neo Química Arena.

Se quiser dar um sabor mais apimentado ao prato, considere que esta é uma decisão especial, cujo valor da conquista é potencializado por duas marcas históricas. Para o Palmeiras, o título vale o inédito tetracampeonato da era profissional do futebol paulista. Para o Corinthians, a taça representa o fim de um jejum de seis anos sem conquistas e sem paz.
Nada está decidido ainda
Há muita coisa em jogo nessa final. Nas duas trincheiras. Eliminado precocemente da fase qualificatória da Libertadores-25, o Corinthians viu-se diante da possibilidade de mergulhar de novo numa crise, essas turbulências que tem tirado o clube do prumo nos últimos anos, dentro e fora de campo.
A vitória por 1 a 0 no Allianz Parque, no jogo de ida, postergou a onda de desconfiança que voltava a pairar sobre o trabalho do técnico Ramón Díaz e acendeu a luz da esperança de retomada dos tempos de glória do Timão.
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Apesar da vantagem, que lhe dá o direito de poder jogar por um empate em casa, nenhum corintiano, nem o mais fanático Fiel, passou a semana em comemoração antecipada. Ainda há no ar o medo de um revés diante de um adversário reconhecidamente mais bem preparado e acostumado às decisões.

Apesar de entrar em campo na desvantagem, o Palmeiras sabe que nada está decidido. E confia no retrospecto de todas as conquistas que formaram o tricampeonato em 2022/23/24. Afinal, em todas elas, o Verdão perdeu o primeiro jogo e reverteu a situação na partida de volta.
Corinthians joga para quebrar jejum
O único detalhe é que desta vez o jogo decisivo não será em casa, no tapete sintético do Allianz e junto de sua torcida.
Não há como negar que o Palmeiras aposta também na estrela de seu treinador, o português Abel Ferreira, maior campeão da história do clube. Abel parece ter nascido moldado para superar esses momentos decisivos e de contrariedades, tornando voz corrente entre os torcedores o mantra que empurra para cima o ânimo da coletividade alviverde: O homem tem um plano!
De fato, sempre que parecia impossível, sempre que a lógica desafiava a crença, Abel tirava da cartola uma estratégia vencedora.
A esperança é de que a história se repita mais uma vez. Mesmo que o técnico e a torcida já não vivam mais um ambiente de comunhão absoluta, tampouco a cega paixão de quem vive em lua-de-mel. Há pedras nesse caminho, que precisam ser dribladas neste momento.

Por conta de um calendário surreal, que pune os clubes que mais investem em bons talentos, as duas equipes passaram a semana sem algumas de suas principais estrelas, cedidas para seleções sul-americanas e europeias para a janela da data Fifa.
Palmeiras é o time da virada
Com efeito, cinco jogadores do Corinthians e seis do Palmeiras só voltam ao clube na véspera da partida, não se sabendo por ora em que condições cada um chega para a disputa. Parece um detalhe bobo, mas não é. Fora o cansaço das viagens, fora o risco de contusões, esses jogadores estavam longe dos trabalhos de preparação final para o jogo.
Problemas à parte, é muito bom ver de novo um Palmeiras x Corinthians numa final de campeonato paulista. O principal clássico do Estado, a maior rivalidade regional, o confronto que virou filme no cinema merecia mais esse capítulo em sua história.
Seja qual for o resultado, resta a certeza de que a decisão desta quinta reforça a ideia de que este é um dos maiores clássicos do futebol mundial.