O Rei Ednaldo Único será eleito para mais um mandato à frente do futebol brasileiro até março de 2030. A votação já foi feita, mas será oficializada no dia 24, um dia antes de o Brasil jogar contra a Argentina em Buenos Aires, pelas Eliminatórias. Ednaldo Rodrigues é candidato único no pleito.
Ele ‘minou’ a tentativa de participar da eleição de Ronaldo Fenômeno. Todas as 27 federações estaduais fecharam com Ednaldo, o que inviabilizou o nome do ex-jogador no processo. Ednaldo teve também a votação de 13 clubes da Série A e outros 13 times da Série B. Ele assume o novo mandato em março de 2026, véspera da Copa do Mundo.
Ednaldo não é rei de nada, mas ele está inserido no modus operandi das escolhas dos presidentes da CBF há mais de 20 anos. Não é rei, mas manda. Faz tudo do seu jeito, como antecipou nesta temporada o calendário do futebol sem avisar os presidentes dos clubes. Mesmo assim, a maioria fechou com ele.
Presidentes afastados pela Justiça
Vale lembrar que todos os presidentes da CBF nas últimas décadas foram retirados do cargo por falcatruas e problemas com a Justiça de diversas ordens, como assédio moral e sexual, desvio de dinheiro e enriquecimento ilícito. Um deles, José Maria Marin, foi preso nos Estados Unidos antes de passar a usar tornozeleira no país para sua condicional. Marco Polo del Nero não pode deixar o Brasil até hoje por receio de ser preso pela Interpol.
Ednaldo assumiu o posto no lugar de Rogério Caboclo, acusado de assédio moral dentro da CBF. Ele foi condenado pelo Comitê de Ética da entidade. Sua plataforma de gestão defendia transparência e profissionalismo.
Ednaldo, o Único, tem a promessa da inclusão em seu mandato. Sua chapa foi batizada com o sugestivo slogan “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”.
O silêncio da CBF
A CBF não se manifestou de imediato sobre a declaração absurda do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sobre Tarzan e Chita, sendo que o Tarzan era a Libertadores e a Chita, os clubes brasileiros.
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O Rei Ednaldo Único será eleito com os seguintes vices: Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti.
Foi uma união democrática, um processo eleitoral que segue um rito estabelecido pela Fifa, Conmebol e CBF, dentro do seu estatuto, e para o qual tivemos significativas subscrições. Foram 27 federações e também 13 clubes da Série A e 13 clubes da Série B. Com isso, a gente vai procurar fazer um mandato que busque cada vez mais o fomento do futebol brasileiro, lutando pela purificação desse futebol e pela inclusão social e principalmente no combate ao racismo e a todo tipo de discriminação.
Ednaldo Rodrigues
Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista de Futebol, deve ser presidente da CBF depois de 2030. Ele poderia concorrer com Ednaldo neste pleito, mas recuou em sua intenção. A FPF é a mais influente e bem organizada do futebol brasileiro.
Como foi eleito por aclamação (só falta oficializar), federações e clubes terão poucos argumentos para mudar qualquer problema no futebol brasileiro. A última palavra será sempre de Ednaldo, o Único.
