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Em muitos casos as urnas podem surpreender, como acabamos de ver nas eleições municipais do Brasil. No futebol, esse caminho do voto costuma ser mais bem mapeado. Mas nem sempre dá certo.

No Corinthians, há um ano, esperava-se a eleição do candidato da situação. No entanto, Augusto Melo quebrou a sequência da turma de Andrés Sanchez e assumiu o comando do clube. No Palmeiras, tudo caminha para a reeleição de Leila Pereira por mais três anos.

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Assim, depois disso, ela não pode mais permanecer na presidência. No jogo democrático do futebol, desta vez ela tem concorrente. É Savério Orlandi, advogado e conselheiro.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, mostra números animadoras das receitas do clube neste ano / Agência Palmeiras

Leila tem a maioria das intenções de votos. Sua presidência é considerada boa ou ótima pela maioria dos associados com quem converso. Refiro-me à parte financeira e esportiva, com as contas em dia e títulos conquistados.

Leila nos passos de Nobre e Galiotte

Escrevi aqui tempos atrás sobre o legado de Leila. Ele já existe. Se ela for reeleita, os próximos três anos devem continuar nessa pegada.

O clube não avançou em sua gestão com Leila. Começou com Paulo Nobre. Teve Maurício Galiotte e só depois Leila. A política no clube não pode tirar o futebol e as conquistas do trilho.

O legado desses três dirigentes é exatamente esse: tirar o Palmeiras das dívidas e da falta de estrutura e também dos jejuns de conquistas.

Fator Abel Ferreira

Palmeiras e Leila tiraram proveito da formação do elenco e da contratação da comissão técnica liderada por Abel Ferreira. Porém, não pode parar no tempo e deixar de olhar para o futuro. Um dia Abel vai embora. E aí?

Tentar enxergar onde o clube estará nos próximos cinco anos é tarefa diária de um bom gestor. É assim que se administra: trabalhando o presente, se valendo dos ensinamentos do passado e projetando o futuro.

Desdenhar outros candidatos no clube como manobra eleitoreira me parece um equívoco. Ouvir os associados é mais coerente. Porque nem todos no Palmeiras estão satisfeitos com a gestão de Leila.

Então, é preciso entender o por que disso e se faz sentido pedidos e reivindicações. Um bom líder ouve sua gente.

Savério Orlandi, advogado e candidato para presidente do Palmeiras nas eleições de 2024 / Divulgação

Os objetivos do Palmeiras são claros para os próximos três anos: continuar reduzindo suas dívidas, gastar menos do que arrecada, formar e revelar jogadores, ter elencos fortes e competitivos, tentar ganhar campeonatos e manter o clube funcionando a contento.

Simples? Não. Barato? Também não. Leila tem uma frase slogam: “melhor para o Palmeiras”. O torcedor gosta disso.

Rival de Leila nas urnas

Savério chega com essas mesmas ideias, mas com uma forma diferente de fazer as coisas. Defende pontos que Leila talvez tenha deixado em segundo plano. Portanto, promete solucionar parte do descontentamento dos associados.

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Há vários pontos em que o Palmeiras poderia melhorar, mas um específico pode servir de trampolim para uma mudança de patamar: o investimento em esportes olímpicos. Ter atletas em Jogos Olímpicos deixaria o clube mais imponente.

Certamente, atrairia mais atletas e associados e abriria as portas para novos patrocinadores.

O Flamengo faz isso e tira proveito dessa condição. Em novmbro, o clube conhecerá seu novo presidente para o triênio 2025/2027.

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