Estêvão decidiu que o Brasileirão acaba só no domingo. O garoto de ouro da Academia, já vendido ao Chelsea, fez o segundo gol do Palmeiras na vitória por 2 a 1 diante do Cruzeiro aos 44 minutos do segundo tempo, quando tudo parecia definido para consagrar o Botafogo campeão nacional.
Mas Estêvão disse “não” quando beijou a bola duas vezes para cobrar uma falta do gol. Ele pediu para bater. O Botafogo ganhou do Inter por 1 a 0, mesmo com muita luta do time gaúcho, e manteve a vantagem de três pontos para o Palmeiras. Joga pelo empate no domingo para ser campeão.
Vitória confirma Corinthians na Libertadores
A boa notícia da vitória do Palmeiras foi para o seu maior rival, o Corinthians, que confirmou, assim, sua classificação para a Libertadores do ano que vem. O time de Memphis Depay saiu do Z-4 para buscar um lugar na competição sul-americana. Inacreditável.
Vai ser muito difícil tirar o Brasileirão das mãos do Botafogo, até porque o time do Rio recebe o desinteressado São Paulo, que perdeu em casa para o Juventude em sua despedida em casa. Se perdeu diante de seu torcedor para o adversário mais fraco, não vai ganhar no Rio do campeão da Libertadores. Ninguém acredita no São Paulo, talvez nem o próprio técnico Zubeldía.
Em contrapartida, o Palmeiras recebe no Allianz Parque o encrencado Fluminense, que corre risco de ser rebaixado ainda (o time joga nesta quinta). Portanto, o Palmeiras não depende mais de suas forças.
A única combinação que faz o Palmeiras tricampeão é o time de Abel ganhar do Fluminense por qualquer placar e o Botafogo perder para o São Paulo por qualquer placar também. Meu palpite é vitória do Palmeiras e derrota do São Paulo.
Santos, de Pelé, e Flamengo, de Jesus
Apenas dois times ganharam na mesma temporada a Libertadores e o Brasileirão: o Santos de Pelé, em 1962 e 1963, e o Flamengo, de Jorge Jesus, em 2019. O Botafogo colocou uma mão na taça e pode se juntar aos dois, mas ainda não vai levar o troféu para casa. Vai ter de esperar até domingo porque Estevão estragou a festa.
Palmeiras caiu de produção
Apesar da vitória do Palmeiras, o time deve sua sobrevida ao garoto Estêvão e a mais ninguém. O torcedor palmeirense certamente lembrou dos tempos de sofrimento ao ver o jogo contra o Cruzeiro. Foi muita entrega e transpiração e pouca técnica e bom futebol. A bola estava viva na área e nos pés dos jogadores, queimando em alguns momentos.
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Ninguém jogou bem a não ser o garoto. Não digo que faltou luta. Jamais. Faltou qualidade. Técnica. Pontaria. Um pouco mais de inteligência. Finalizações.
O time ficou com a bola e não sabia direito o que fazer com ela. Há muitos jogadores do elenco de Abel que estão devendo. Devendo muito. O time chega vivo na última rodada, com chances de ser tricampeão, mas seu rendimento não é mais o mesmo.