A Federação Paulista de Futebol (FPF) proibe membros da torcida uniformizada do Palmeiras, a Mancha, de entrarem nos estádios em São Paulo, inclusive no Allianz Parque, com suas camisas personalizadas e adereços com a marca da organização. No entanto, os torcedores estão liberados.
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O presidente da torcida, Jorge Luís Sampaio, e mais cinco pessoas tiveram as prisões decretadas provisoriamente, sob a suspeita de terem participado da morte de um torcedor do Cruzeiro, José Victor Miranda, de 30 anos. Ainda assim, a polícia investiga os fatos.
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil, agentes do Departamento de Operações Estratégicas (Dope) e os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandatos de prisão e de busca e apreensão na sede da Mancha, na rua Palestra Itália.
Material apreendido
Ninguém foi encontrado, mas muito material da organizada foi apreendido. A Mancha nega ter participado da briga, mas o ataque foi registrado pelos próprios palmeirenses gritando o nome da organizada. Portanto, para a polícia, o crime e as agressões tiveram autoria.
A determinação da FPF já está valendo e não tem data para acabar. Tudo por causa da emboscada, briga e morte gerada pelos torcedores da entidade contra rivais da Máfia Azul, do Cruzeiro, ocorrida nesta semana na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, perto do pedágio, conforme relato da polícia federal
Um torcedor morreu queimado e outros 22 precisaram ser atendidos nos hospitais da região com ferimentos graves. Ou seha: o que aconteceu foi um ato de barbárie.
A briga foi motivada por uma revanche de 2022, em outra rodovia estadual, na Castelo Branco, em que cruzeirenses atacaram os palmeirenses da Mancha e cometeram as mesmas atrocidades.
Aliás, as duas brigas colocaram seus participantes no degrau mais baixo da humanidade. Não há santos nessa história.
A CBF não tomou providências. A FPF, comandada pelo presidente Reinaldo Carneiro Bastos, saiu na frente e demonstrou que não vai tolerar que as atrocidades continuem em São Paulo, misturando atos hostis e agressões com a paixão pelo futebol.
A Federação entende que o futebol não merece esse tipo de torcedor.
Entidade, que se prepara para lançar o Paulistão 2025, cobra um basta. As polícias de São Paulo devem ser arroladas e cobradas, não somente para prender os agressores, como já aconteceu, mas para a prevenção de possíveis novos episódios desse tipo. O regulamento das competições pode conter normas punitivas.
Palmeiras e Cruzeiro não devem ser arrolados
O futebol paulista abre uma porta de esperança para que essas brigas de ódio não sejam confundidas com as bandeiras tremulando dos clubes. Essas pessoas não representam o futebol nem seus respectivos times. Há o entendimento de que eles são marginais e devem ser tratados com o rigor da lei.
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Tanto Palmeiras quanto Cruzeiro não se manifestaram nem serão arrolados no caso. As torcidas são respeitadas dentro dos estádios pela festa bonita que fazem durante as partidas. Elas também devem ser cobradas pelas arruaças e brigas.
Segurança abandonada
As organizadas sofrem com descrédito por causa dessas confusões. De modo que, enquanto seus líderes não zerarem as brigas e as revanches, elas pagarão caro pela desordem.
As polícias, por sua vez, também estão fartas dessas brigas e da falta de respeito que esses torcedores têm pelas instituições.
O Ministério Público, e seus parceiros institucionais, está disposto a mexer nesse vespeiro, na opinião pública, abandonado há anos à própria sorte.
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