Deu o que muitos previam, inclusive eu, quando Fernando Diniz concordou em ser treinador do Fluminense e da seleção brasileira ao mesmo tempo. Ele ficaria sem um e sem outro num curto espaço de tempo. Bingo! Depois de perder para o Flamengo e se afundar na zona de rebaixamento, a direção do Fluminense demite o treinador sem dó. Diniz já estava fora da seleção desde que a CBF enxergou que seu trabalho não daria certo e foi atrás de Dorival Júnior. Tinha dois empregos e ficou sem nenhum.

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Fernando Diniz tem mercado. Vai estar de volta em breve, se ele tiver saúde para isso. Como já resolveu treinar duas equipes ao mesmo tempo, poucas pessoas ao lado do treinador acreditam que ele entrará de férias no segundo semestre. Há clubes sem comandante, como o Athletico-PR, que aceitou a demissão de Cuca. Outros têm treinadores pressionados, como o próprio Corinthians, de António Oliveira. Semana passada, o Santos, na Série B, estava reavaliando o contrato de Fábio Carille. Marcelo Teixeira e Alexandre Gallo, no entanto, jogaram acertadamente para manter o técnico e continuar sua caminhada de volta à primeira divisão.

Fernando Diniz é demitido sete meses depois de ganhar a Libertadores / Fluminense
Diniz deixa como legado desta sua passagem não somente alguns dos títulos mais importantes da história de nosso clube, conquistados em 2023 e 2024, mas também o legado de um trabalho muito bem-sucedido em sua primeira etapa de sua atual passagem, ensinamentos importantes sobre sua maneira de entender o futebol e uma visão humanística que no todo trazem enorme contribuição a este esporte. FLUMINENSE

Fernando Diniz abusou de apostar num futebol “perigoso”, principalmente com toques desnecessários dentro de sua área. Nos últimos meses, já não tinha mais o controle do elenco. Os jogadores que corriam por ele, já não ofereciam muita disposição em campo. Ele expôs os jogadores, colocou a culpa dos fracassos no elenco. A diretoria, no entanto, toma sua decisão no calor de uma derrota em clássico com o Flamengo, o que, para mim, só comprova que Diniz estava por um fio e os dirigentes aproveitaram a oportunidade.

Neste Brasileirão, depois de ganhar a Libertadores no ano passado, sete meses atrás, Fernando Diniz passou a viver aquela situação péssima para um treinador: a de ser avaliado a cada partida, a cada resultado de jogo. Diniz foi demitido pelos resultados do Fluminense. Ele tinha crédito. Ninguém escapa disso. O resultado manda.

Diniz também se provou ser um comandante pilhado demais à beira do gramado, muito mais do que o tolerável. O jogador não gosta disso. Vai fazendo inimizades, deixando mágoas e feridas abertas, mesmo que nas entrevistas ele tenha sido uma pessoa doce e equilibrada.

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