Parece que Ramón Díaz chegou ao seu limite no Corinthians. Ele não é mau treinador, mas não consegue melhorar o time durante as partidas, como ocorreu na derrota por 2 a 1 para o Racing em Avellaneda nesta quinta, resultado que custou a eliminação da equipe brasileira da Copa Sul-Americana.
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Nos bastidores do Parque São Jorge, há a informação de que a voz mais alta não é a de Ramón, mas de seu filho, Emiliano. Ambos estão sempre juntos à beira do gramado. Ramón seria a parte mais polida da dupla. Emiliano, o comandante que chuta a canela. Há jogadores mais veteranos que não aprovam esse jeito.
A diretoria teme perder o elenco de uma temporada para outra. Com as eliminações na Copa do Brasil e agora na Sul-Americana, o time volta para uma realidade que o assombra há meses: o risco de ser rebaixado.
O fato é que Ramón não consegue avançar em seu trabalho. Sua melhor obra foi ter dado liberdade para Garro. Foi bom enquanto o meia suportou a quantidade de partidas. Faz três jogos que ele não atua bem. Com isso, o meio de campo do Corinthians perde força e criatividade.
Diretoria repensa Ramón Díaz
A diretoria corintiana também estaria farta das explicações da dupla de treinadores. Há sempre um discurso olhando para o futuro sem dar as respostas necessárias no presente. O aproveitamento de Ramón é inferior a 50%. Ele tem contrato até dezembro de 2025.
O presidente Augusto Melo estaria sendo convencido de que deve esperar o fim do ano para reavaliar o trabalho da comissão técnica. Apostar numa troca faltando sete jogos para o fim da temporada e com o time ainda ameaçado de cair não lhe parece uma boa escolha. Melo está convencido de que o time não vai cair.
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Mesmo assim, penso que Ramón Díaz terá nesta segunda-feira jogo decisivo para a sua permanência no cargo. O time enfrenta o Palmeiras, pelo Brasileirão, na Neo Química Arena. Uma derrota pode custar sua cabeça.
Há um fator interessante e de muito peso na relação elenco e Ramón Díaz: não há sinais de empatia. Parece que a comissão técnica faz o seu trabalho para o sucesso dela própria e os jogadores atuam por eles também. Não enxergo essa sintonia entre as partes. Ramón diz que o chamaram para salvar o time. Ele entende que se o Corinthians não cair, sua missão será cumprida.