Neymar fez mais do que se esperava dele no empate por 1 a 1 com o Botafogo na Vila Belmiro. Não para o torcedor comum embevecido por sua volta ao Santos, mas para aqueles que trabalharam com ele nos dois dias de treinos antes da estreia. Neymar entrou após o intervalo, como se imaginava.
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Nas três primeiras vezes em que pegou na bola, o atacante sofreu duas faltas. Antes disso, tomou uma bolada no ‘saco’, que o fez deitar e se esticar no gramado. Foi sem querer, mas engraçado. Até o camisa 10 riu da jogada. Quem já esteve em campo sabe que qualquer reestreia dá frio na barriga.
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Neymar sentiu isso mesmo com toda a sua experiência e andanças pelas mais diversas partidas e estádios do mundo, de Campeonato Espanhol, Francês e Saudita, passando pela Liga dos Campeões e Copas do Mundo.
É difícil encontrar palavras para expressar os sentimentos quando você ama alguém. Eu amo muito o Santos. Esse time vai encaixar de forma incrível. Quase consegui fazer um gol. Não estou 100%. Não esperava correr tanto. Mas falta ritmo. E jogos. Tive uma base de treinos no Al-Hilal. Eu me senti muito bem. Feliz de voltar a jogar e me sentir em casa. Peço um pouco de paciência.
NEYMAR
Aos 33 anos, Neymar estava nervoso. Além de vestir a camisa 10 de Pelé, também assumiu a braçadeira de capitão e a responsabilidade de cobrar as faltas. Tudo isso em 45 minutos.
A boa notícia nem foi o arremate de fora da área que quase acabou em gol ou alguns bons dribles e passes para os novos companheiros. Foi sua participação em um jogo novamente, mesmo a despeito de ter sido apenas meio tempo e começando na reserva.
A boa notícia foi não ter se machucado nem sentido o joelho operado ou dores musculares comuns de um atleta que fica muito tempo parado.
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Neymar dribla menos e pensa mais
Neymar está de volta. Não aquele Neymar que deixou o Santos doze anos atrás, mais novo, cheio de vontade e com um mundo para conquistar. Aquele Neymar ficou no imaginário de quem o viu em ação.
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O novo Neymar corre menos, dribla menos, mas pensa mais. Ele terá de se reinventar no futebol e não querer ser o que já foi um dia. Os próprios colegas vão descobrir isso com mais tempo. Ele vai descobrir isso.
Neymar continua sendo perigoso, mas ele oferece um perigo diferente, de movimentação e para achar os companheiros. Usa mais a cabeça do que as pernas. Ele não é mais o “gatilho mais rápido do Oeste”, mas sua fama ainda o precede.