A igreja católica perdeu nesta segunda-feira o papa Francisco, argentino revolucionário no Vaticano e um admirador do futebol. Jorge Mario Bergoglio tinha 88 anos e estava doente. Ele foi o 266º papa, eleito em 2013. Morreu pouco depois do domingo de Páscoa, uma data sagrada na igreja, que representa, segundo o Evangelho, a ressurreição de Jesus Cristo.
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O papa Francisco sabia falar de tudo e era um amante do futebol, embora não via mais partidas pela TV por causa de uma promessa do passado. Ele não viu, por exemplo, Messi conduzir sua Argentina ao título Mundial de 2022. Mas soube da façanha e festejou. O papa acompanhou todos os três Mundial do seu país, em 1978, 1986 e 2022. Seu time do coração era o San Lorenzo, que enviou para ele em Roma uma flâmula do clube assim que foi eleito papa, em março daquele ano de 2013.
Ele sempre recebeu esportistas e clubes de várias modalidades esportivas. A Argentina decretou sete dias de luto e a Itália cancelou a rodada do Campeonato Nacional. As cerimônias de seu enterro deverão levar até quatro dias em Roma.

O papa Francisco sempre foi um orgulho para a Argentina e para todos nós da América do Sul, afinal, era um argentino escolhido em Roma. No futebol, havia uma brincadeira por ele ser do país vizinho. Dizia-se que “se o papa é argentino, Deus era brasileiro’. Era uma forma de manter no Vaticano a acirrada disputa do futebol entre as seleções.
Sobre Pelé, Maradona e Messi
Recentemente, houve a maior confusão por parte do atacante Raphinha num jogo entre Argentina e Brasil, quando o jogador do Barcelona disse que iria “meter a porrada neles”, provocado por Romário em uma entrevista. O Brasil tomou um baile naquela partida: perdeu por 4 a 1. Certamente o papa Francisco ficou sabendo desse jogo porque ele era atento às coisas do seu país.
Nunca foi apenas mais um e sempre foi um dos nossos. Cuervo desde criança e como homem… Cuervo como sacerdote e cardeal… Cuervo também como papa… Sempre transmitiu sua paixão pelo Ciclón (San Lorenzo): quando ia ao Velho Gasômetro para ver o time de 1946, quando crismava Angelito Correa na capela da Cidade Desportiva, quando recebia visitas azulgranas no Vaticano sempre com total felicidade… Sócio nº 88235. De Jorge Mario Bergoglio a Francisco, houve algo que jamais mudou: seu amor pelo Ciclón. Envolvidos em profunda dor, hoje, desde o San Lorenzo, dizemos a Francisco: adeus, obrigado e até sempre! Estaremos juntos pela eternidade.
SAN LORENZO, clube do papa
Francisco trabalhou pelos pobres em seu papado. Certa vez, questionado sobre Maradona, Messi e Pelé, sobre quem era o melhor, o papa não ficou em cima do muro. Elegeu o jogador brasileiro de cara e depois ganhou uma camisa do Rei autografada. Pelé era muito católico e conheceu todos os papas desde que se tornou o melhor jogador do mundo de todos os tempos.
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Sobre Maradona e Messi, o papa Francisco tinha uma opinião comum aos torcedores. Bergoglio via Maradona como um gênio da bola, mas um homem que falhou na vida. E ele dizia que Messi era corretíssimo em sua conduta, mas nunca apontou quem era o melhor. A primeira viagem internacional do papa Francisco foi ao Brasil.