Aponte um jogador da atualidade que corre meio campo com a bola dominada entre os marcadores e consegue concluir a jogada. Não se lembra? Puxe na memória… Nada? Não é fácil mesmo. Por isso que a torcida do Palmeiras começa a sentir saudades de Estêvão, talvez muito mais do que quando Endrick embarcou com destino ao Real Madrid. São jogadores diferentes.
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Estêvão correu meio campo quando foi lançado por Flaco López para tentar fazer o gol contra o Fortaleza, neste domingo, no Castelão. Estava em posição irregular, mas “acertadamente” o bandeirinha deixou o lance seguir porque todo mundo no estádio queria ver o fim da jogada. Queria ver até onde aquele menino conseguia ir em velocidade, no meio dos zagueiros e com a bola dominada.
Para surpresa de ninguém, Estêvão fez tudo certo e chutou a bola para o gol. A bola foi interceptada parcialmente pelo goleiro João Ricardo e, caprichosamente, tirada do gol pelo zagueiro Kuscevic. Mas tudo bem! O lance não valia mesmo. Havia impedimento no começo da jogada, agora, sim, marcado acertadamente pelo assistente.
Estêvão começa a arrumar as malas
O fato é que Estêvão começa a arrumar as malas para se apresentar ao Chelsea, da Inglaterra. Sua última competição pelo Palmeiras será o Mundial de Clubes da Fifa, em junho e julho, competição em que The Football estará presente nos Estados Unidos.
Vai dar saudade do garoto que encantou o torcedor do Palmeiras e muitos outros com suas jogadas, inteligência, dribles e gols aos 17 anos. Talvez Estêvão tenha sido o primeiro desse naipe depois de Neymar surgir no Santos.
O garoto foi vendido por R$ 350 milhões ao Chelsea. Para se ter uma ideia do tamanho desse valor, é mais do que o Santos vai gastar para derrubar a Vila Belmiro e construir uma arena para 30 mil pessoas no mesmo terreno. Foi difícil para a presidente Leila Pereira se desfazer do atacante, mas era preciso colocar as finanças em dia, pagar as contas e deixar muito dinheiro no cofre para reforçar o time de Abel Ferreira.
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Não se sabe o que Estêvão vai aprontar no Chelsea, atualmente em quinto lugar na Premier League. Seus dribles, imagino, farão sucesso no futebol inglês, como faz o colombiano Luis Díaz no Liverpool.
Não há outro como Estêvão no Brasil
O garoto vai com a família para a Inglaterra e terá de ter paciência para esperar as oportunidades. Estêvão tenta no Brasil ‘encurtar’ essa distância entendendo melhor o funcionamento do clube, do país, do idioma, dos companheiros e da forma de atuar da equipe londrina. Ele deixará saudade. Por ora, não há outro como ele no futebol brasileiro.
