Duas movimentações no futebol podem decretar novos rumos das partidas no Brasil. Uma delas diz respeito ao calor que faz no país e a decisão no Rio de Janeiro de realizar seus jogos depois das 18h, quando as temperaturas estão, teoricamente, mais amenas.

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Isso pode mudar a forma com que clubes e entidades, como a CBF, definem o futebol brasileiro, assim como as transmissões dos jogos na TV e nos streamings. Pode mudar tudo, assim como os horários de treinos, de alimentação e do sono dos jogadores.

Jogadores como Dudu, Neymar e Gabigol assinam manifesto contra os gramados sintéticos no Brasil / Divulgação

Os jogos no Rio e em alguns outros Estados brasileiros têm tido paradas técnicas para os atletas se refrescarem. São três minutos em que os jogadores se reúnem à beira do gramado para receber orientações dos técnicos, mas também para se hidratar. Exceto pelos jogos do Cariocão, não há outra ação nesse sentido em outros torneios Regionais.

Contra o gramado sintético

A outra movimentação vem dos jogadores. Alguns dos nomes mais pesados do futebol brasileiro, como Neymar, Gabigol e Dudu, assinaram um manifesto e se posicionaram nas redes sociais contra os gramados artificiais, como são os estádios do Palmeiras, Pacaembu, Barueri, Botafogo e Atlético-MG, em breve. O manifesto pode ser lido no fim deste texto. Veja os que jogadores escreveram.

Vale lembrar que os gramados sintéticos são autorizados pela CBF, com aval da Conmebol e da Fifa. Por ora, há pouca chance de os campos sintéticos serem trocados por gramas naturais. Nem sei se serão. Alguns jogadores se recusam a atuar em gramados não naturais. Era o caso do atacante uruguaio Suárez, que dizia sentir mais dores nos joelhos quando atuava em gramados sintéticos. Na Europa não há campos sintéticos.

Pacaembu, recém-aberto ao público, também optou em colocar gramado sintético após sua reforma geral/ Divulgação

No Brasil, há muitos estádios com campos de grama natural, mas com condições ruins e precárias, com buracos e desníveis capazes de machucar os jogadores. Não há uma conclusão definitiva sobre os campos sintéticos nesse sentido. Não há provas de que eles machucam mais os atletas do que os campos de grama natural.

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Os clubes optaram por campos sintéticos para facilitar a manutenção e por danificar menos em caso de shows. Mas é preciso ouvir os atletas, sem dúvida. A CBF tem o dever de levar o assunto para a mesa de discussão. Há muitos interesses nisso.

E o calendário?

Há um fato nas entrelinhas dessa discussão, que é o calendário brasileiro. Os jogadores devem se reunir em breve para reclamar de tantos jogos por temporada, com mais de 70 partidas em dez meses de atividade. A CBF sabe disso, mas até hoje nunca fez nada. Neste ano, resolveu antecipar o calendário por causa do Mundial de Clubes da Fifa. Ou seja: piorou.

Manifesto dos jogadores

Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.

Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.

Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.

Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.

FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!

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