O São Paulo jogou melhor do que o Botafogo. O Botafogo foi mais eficiente do que o São Paulo. Esse poderia ser o enredo do duelo entre os rivais no Morumbi. Lucas Moura deu velocidade e intensidade ao time da casa, mas ele andou quase sozinho no Morumbis, pelo menos no primeiro tempo. Seus companheiros não estavam na mesma sintonia. O único a conversar com Lucas foi Ferreirinha. No segundo tempo, o São Paulo voou. Merecia a vitória.

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Calleri ficou no banco e entrou no segundo tempo por causa de sua condição clínica. Não jogou a última partida e foi poupado dos 90 minutos. Mas quando entrou, colocou fogo no jogo e nos companheiros.

São Paulo se reúne no vestiário após boa partida contra o líder Botafogo: 2 a 2 diante de 53 mil pessoas / SPFC

O duelo começou eletrizante, com dois pênaltis, um para cada lado, logo de cara. Ambos foram bem marcados. O primeiro a ter a chance de balançar as redes foi o time da casa. Ferreirinha tomou um “chega pra lá” com o cotovelo no rosto dentro da área. O juiz marcou sem consultar o VAR. Lucas Moura cobrou e abriu a contagem.

Mas logo depois teve mão tricolor em jogada de ataque do Tiquinho Soares. A bola foi desviada por Welington. Tiquinho empatou na cobrança. Logo depois, a virada do líder do Brasileirão, com Cuiabano, em belo passe de Tiquinho. Tudo isso com 25 minutos de bola rolando.

Vestiário com o cantinho do atacante argentino Calleri, que entrou no segundo tempo e colocou fogo no jogo / SPFC

O Botafogo não pode mais ser considerado um time de “sorte” ou um “cavalo paraguaio”, a exemplo do que os palmeirenses provocaram no ano passado quando roubaram do time do Rio o título do Brasileirão. Nada disso. O Fogão é bem montado e organizado em todos os seus setores, com um meio de campo inteligente e um ataque perigoso. Não há nada de bobo nesse time. Não à toa ocupa a ponta da tabela, deixando rivais mais badalados, como Flamengo e Palmeiras, para baixo na classificação.

O São Paulo martelou mais diante de sua gente. Estava um tanto lento e sem aquela intensidade que o técnico (ausente) Zubeldía tanto gosta. Perdeu muito tempo em marcha lenta. Aos 15 minutos do segundo tempo, o estádio foi à loucura com a entrada de Calleri. Os jogadores sentiram o clima e mudaram o tom. Saiu da marcha lenta para andar turbinado. Numa arrancada de Ferreirinha do meio de campo, após uma linha malfeita e muito adiantada da defesa alvinegra, o São Paulo deixou tudo igual: 2 a 2.

Morumbis horas antes do jogo do Brasileirão: estádio recebeu 53 mil são-paulinos no empate com o líder: SPFC

A partir daí, só deu São Paulo. O time da casa encurralou o Botafogo, com força e, agora sim, muita intensidade. O segundo tempo foi do tricolor, mas sem se descuidar dos atacantes cariocas.

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Aos 25, Ferreirinha perdeu gol feito. Errou o chute. Virou demais o pé dentro da área, com o gol aberto, e mandou a bola para fora. Mansamente. Antes dos 30, Calleri ajeitou para Luciano, que perdeu outra chance de virar a virada contra o Botafogo. O jogo foi assim até o fim, com uma boa tentativa do visitante. Havia 53 mil torcedores no estádio. Eles deram ao São Paulo uma renda bruta de R$ 3,1 milhões.

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