O Corinthians fechou com Dorival até dezembro de 2026, quando também termina o mandato do presidente Augusto Melo. O treinador e seus cinco auxiliares estarão no Parque São Jorge neste sábado para assinar o contrato. O ex-presidente Andrés Sanchez se orgulha de ter mudado o estatuto do clube para não ter reeleição. Melo não se sustentaria por mais três anos, afinal foram doze meses de 2024 e mais quatro deste ano em meio a acusações, processos e fugindo dos credores.
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Dorival assume um time que esteve perto de cair no ano passado, mas que embicou a nave para cima com Ramón Díaz, escapou da queda no Brasileirão e ganhou o Paulistão-2025 diante do seu maior rival, o Palmeiras, neste ano. Mesmo assim, o treinador argentino não se sustentou no cargo. Dorival chega para mudar esse cenário. Ele vem de um trabalho ruim no comando da seleção brasileira.
Ele não vai comandar o Corinthians no fim de semana contra o Flamengo, no Rio. Vai assumir, estrategicamente, depois desse confronto. O treinador sabe que a vaga era de Tite, mas o técnico teve uma crise de ansiedade e desistiu do emprego. Por isso que Augusto Melo nunca teve 100% de confiança de estar contratando o treinador certo.
Treinador de Fabinho Soldado
Mas o presidente foi convencido pelo diretor Fabinho Soldado, que trabalhou com Dorival no Flamengo, de que o clube estava se acertando com a melhor opção de mercado. Tite era, como informou The Football, o treinador da vez. Dorival não é. Há resistência ao seu trabalho no Parque São Jorge e na torcida. O Corinthians tem muitas particularidades internas e não há um consenso de que Dorival consiga encarar esse desafio depois de um período ruim na CBF.
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Melo sabe que precisa de um para-raio mais potente para desviar o foco de sua gestão bastante criticada e de um processo de impeachment que corre contra ele no clube. Futebol e política se misturam demais no Parque São Jorge. Mas o adiantado da hora e a necessidade de ter um técnico o quanto antes fizeram a cabeça do presidente. A vitória na Sul-Americana contra o Racing-URU vai ajudar o trabalho de Dorival. O time tem muito trabalho, principalmente no setor defensivo. E elenco que precisa de ajustes.
Dorival é de trabalhar com o que tem nas mãos, não é de pedir reforços e tem metas curtas, médias e longas. Os dois desafios imediatos são: tentar a vaga na Sul-Americana e levar o time para posições melhores no Brasileirão. Dorival terá tempo para isso, diga-se.
