A Argentina é, sim, melhor do que o Brasil neste momento das Eliminatórias. Portanto, é favorita para o confronto desta terça-feira, em Buenos Aires. Há muitos ingredientes que fazem do time de Lionel Scaloni mais forte e com mais chances de ganhar. A começar pelo fato de o empate dar à Argentina sua vaga na Copa do Mundo de 2026. Não há dúvidas de que o time campeão do mundo no Catar estará no próximo Mundial, mas obter a classificação diante do Brasil em casa não tem preço.
Se a Argentina confirmar sua classificação para o Mundial, que será disputado simultaneamente nos Estados Unidos, México e Canadá, existe a possibilidade de Messi anunciar que vai jogar mais uma Copa. Seria a sua sexta, um recorde para ele e para a história das Copas. Nenhum outro jogador disputou seis edições da competição.
A Argentina é melhor porque tem um time mais entrosado e que sabe jogar coletivamente. Joga em Buenos Aires e com a confiança de uma geração campeã do mundo. Essa confiança e entrosamento coletivo são atualmente os dois principais problemas do Brasil, de Dorival Júnior.
‘Time sem vergonha’
Mas é inegável, tanto para o lado dos brasileiros quanto dos argentinos, que qualquer um pode ganhar a partida. No jogo de ida, no Maracanã, o Brasil perdeu por 1 a 0 e foi chamado de “time sem vergonha”. Foi a primeira derrota da seleção brasileira em casa em jogos de Eliminatórias. O treinador era Fernando Diniz. O Brasil amargava sua terceira derrota seguida na competição e já se assombrava com a possibilidade de não se classificar.
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É claro que tudo isso voltará à tona no Monumental de Nuñez nesta terça. O Brasil pode vencer. Mas não será fácil. Para isso, terá de jogar muito mais do que jogou diante da Colômbia em Brasília, precisará de um futebol coletivo que não tem ainda e terá de apostas em suas estrelas como nunca antes nessas Eliminatórias. É mais provável que dê Argentina. O time de Messi perdeu um jogo em casa, para o Uruguai, na quinta rodada, dentro da La Bombonera: 2 a 0.
Aliás, se tem uma coisa melhor para o Brasil em comparação com a Argentina é a quantidade de bons jogadores. Arrisco a dizer que a seleção de Dorival tem melhores jogadores do que o selecionado de Scaloni. No papel e no que eles mostram na Europa, o Brasil leva vantagem. Só tem de funcionar.
Nem Messi nem Neymar jogam
Os principais expoentes dos dois lados estarão fora. Nem Neymar nem Messi jogam. Ambos estão machucados. Messi, mais velho, está mais inteiro e tem a confiança de todos no grupo e no país. Ele disse que a Copa do Catar seria sua última. Isso caminha para mudar. Neymar ainda é olhado pelo torcedor brasileiro com desconfiança. Não pelo seu futebol, mas pelo resto todo.
A primeira coisa a dizer é que tanto ele quanto seus companheiros sabem que há um tempo razoável pela frente e que ele está ansioso para jogar a Copa. Vamos ter de esperar para ver como as coisas se desenvolvem. Messi sabe o que estamos pensando e é o mais inteligente de nós.
SCALONI, TÉCNICO DA ARGENTINA, EM JANEIRO
Uma derrota pode voltar a empurrar o time para baixo na tabela. Uruguai, Paraguai e Colômbia pedem passagem. O bom é que Colômbia e Paraguai se enfrentam nesta rodada. Na próxima data-Fifa, o Brasil vai encarar Equador e Paraguai. Ou seja: só a vitória dará paz ao time de Dorival.
