O Botafogo nem desarrumou as malas no Catar. O time do Rio perdeu por 3 a 0 para o Pachuca na primeira das três partidas que faria para festejar a taça da Copa Intercontinental, o antigo Mundial de Clubes, e agora tem de voltar para casa.
Nem deveria ter ido. Não teve tempo para nada da conquista do Brasileirão, 20 horas de voo, um treino mequetrefe e uma apresentação péssima.
O campeão da Libertadores foi derrotado pelo calendário, pelo cansaço, pelo desgaste físico e emocional, pela euforia, pela qualidade do rival no momento, pela falta de tempo para treinar… Nunca é apenas um motivo.
O técnico Artur Jorge optou por tirar alguns jogadores titulares da partida em função do desgaste da temporada e do jogo com o São Paulo no domingo. Não tinha muito a fazer. Foram mais de 70 partidas.
Botafogo é melhor do que o Pachuca
Não foi o Botafogo que falhou, foi a CBF e seu calendário desumano e mal-feito, assim como foi a Conmebol e sua submissão à Fifa e suas vontades. O Botafogo continua campeão brasileiro e da Libertadores. Devem voltar para sua gente festejando as conquistas do lado de cá do mundo.
O fracasso do Botafogo, melhor do que o Pachuca em condições iguais, precisa ser entendido. Ele se deu muito antes dos 3 a 0, apesar dos discursos de otimismo dos brasileiros e de Artur Jorge. Nada deu certo para o time.
A Fifa tem de se valer do que passou o Botafogo para não fracassar no seu grande Mundial de Clubes do meio do ano que vem, quando os clubes da Europa, principalmente, chegarão ao torneio tão desgastados quanto a equipe brasileira. Talvez com menos jogos, mas em fim de temporada. Sem viajar tanto para os Estados Unidos, mas com uma viagem longa.
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A diferença é que os times da Europa reclamam mais e não colocam o Mundial da Fifa como uma competição importante. Querem ganhar, mas não vão se aborrecer se caírem fora mais cedo e voltarem para casa. O Botafogo deveria ter aproveitado mais a festa no Brasil e dado uma banana para a Copa Intercontinental.
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Eu entendo o entusiasmo dos jogadores, dos dirigentes, do treinador e da torcida, mas não é justo. Não é justo para o time brasileiro nem para qualquer outro da América do Sul. A Fifa ainda não entendeu isso. Ou não quer entender.
