O torcedor santista caiu na real neste domingo em relação a Neymar e ao time no empate sem gols na casa do Novorizontino. Tanto o jogador quanto o Santos fizeram uma apresentação morna, na contramão do clima quente da cidade de Novo Horizonte, com parada técnica para uma refrescada.
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Neymar ganhou no cara ou coroa e mais nada. Escolheu a bola. A boa notícia foi o tempo em que o camisa 10 permaneceu em campo em sua segunda partida desde que voltou da Arábia Saudita: 74 minutos. Ele precisa de tempo.
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No primeiro jogo, no meio de semana, contra o Botafogo-SP, na Vila Belmiro, ele atuou os 50 minutos do segundo tempo. Ou seja: Neymar melhorou seu fôlego e ritmo. Ele sempre disse que seu problema no Al-Hilal era falta de minutagem após sua cirurgia no joelho.
Neymar atuou 74 minutos
Então, desta vez, com mais tempo, Neymar não fez uma boa partida. Ele pegou bastante na bola, foi o encarregado das cobranças de faltas e escanteios e até lateral bateu, mas não foi aquele jogador inventivo que se espera dele em todos os jogos. Nem será. O jogo no Brasil é muito mais pegado.
Neymar melhorou quando se afastou um pouco da área e começou a ver o jogo de frente, com a bola dominada. Talvez Pedro Caixinha esteja reparando em qual setor do campo ele vende mais. Qualquer decisão será tomada com o jogador. Para que ele fique mais próximo do gol, o Santos precisa ter um armador. Por ora, ele é esse cara.
Se o jogador não funcionou bem, o Santos também mostrou mais uma vez sua fragilidade. O time não é bom, apesar de ter alguns bons jogadores, como Guilherme, Pituca, Soteldo e Tiquinho. Falta entrosamento e melhor distribuição tática. Isso é treino da semana. Mais tempo. Um passo de cada vez. Gabriel Brazão fez boas defesas e, mais uma vez, salvou o Santos da derrota.
Torcidas separadas no estádio
Queria ressaltar que as torcidas dos dois times foram separadas dentro do estádio por um espaço de dois metros, metade pra lá e metade pra cá, sem que houvesse confusão ou provocações estúpidas. Na tarde deste domingo, Novorizontino e Santos eram adversários, queriam ganhar o jogo, as torcidas incentivaram seus respectivos times e nenhuma briga foi registrada dentro do estádio.
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É claro que a rivalidade não existe ou é bem menor do que entre os grandes do Paulistão, mas é possível ter numa arena torcedores dos dois lados em todos os jogos do Estadual de São Paulo. Pena que ninguém tem coragem para viabilizar isso.
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Neymar sofreu quatro faltas, acertou a maioria dos passes, mas não teve chances de chutar a gol ou fazer a diferença contra o Novorizontino. Especialistas dizem que um jogador precisa de seis ou mais jogos para ganhar ritmo.
Parece claro também que Neymar deve pensar em atuar de forma diferente, ou de meia ou de atacante. A correria das duas posições não dá mais para ele. Messi, por exemplo, deu dois passinho para dentro da área. No meio da semana, o Santos visita o Corinthians em Itaquera.