Esqueça toda a importância da volta de Neymar ao Santos e também para o futebol brasileiro. Esqueça também a engenharia financeira que o clube da Vila está armando para mantê-lo até junho, em princípio. Pense por alguns instantes qual Neymar está voltando para casa do ponto de vista esportivo.
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Depois de toda a euforia merecida com a negociação e da algazarra que vão fazer na sua recepção, o técnico Pedro Caixinha tem a missão de fazer o atacante jogar novamente, coisa que Jorge Jesus não conseguiu.
Ele vai usar a camisa 10 de Pelé, que estava sendo guardada para o primeiro craque que aparecesse na Vila. Neymar não é mais o mesmo atleta que deixou o Santos doze anos atrás para se juntar a Messi e Suárez no Barcelona. Aquele Neymar não existe mais.
Neymar não fez exames ainda
Prestes a completar 33 anos, o atacante fez sete partidas em um ano e meio no Al-Hilal, sendo quatro delas apenas como titular. Ele passou por uma cirurgia no joelho importante, voltou depois de dez meses e se machucou de novo.
Ele não fez exames médicos nem sabe qual é a sua condição clínica e física. Foi tudo na base da conversa e empolgação, pelo menos por parte do presidente Marcelo Teixeira. Neymar foi liberado do clube saudita, arrumou as malas e embarcou de volta para o Brasil.
A informação mais importante sobre sua condição atlética foi dada na semana passada pelo treinador português Jorge Jesus. “Ele não consegue acompanhar fisicamente os outros jogadores do Al-Hilal”. Jorge Jesus sabe o que fala. Suas declarações acabaram com o contrato do jogador com o clube saudita.
Neymar está devendo
O treinador não estava se referindo à condição do jogador naquela semana, mas à realidade física do brasileiro.
É esse Neymar que desembarca na Vila carregado nos ombros dos santistas. Não importa o que ele já fez no futebol. Esqueça isso também. O que vale é o que ele pode fazer. Até hoje, desde sua contusão, o jogador não demonstrou gana para se recolocar de pé. Levou a vida numa boa, na flauta, entre treinos, filhos, festas, eventos, comerciais e outras tantas atividades.
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A impressão é que ele nunca se esforçou como deveria, como fez a Ronaldo Fenômeno na Inter de Milão e na Copa do Mundo de 2002. Neymar estará novamente à prova de seus críticos. Ele sabe que o Santos é sua última tentativa de voltar a jogar em nível competitivo. Se fracassar, já era o sonho de regressar para a Europa e também de disputar o seu quarto e último Mundial.