Perder pontos no Allianz Parque é o maior pecado do Palmeiras em sua corrida atrás do Botafogo. A fórmula das Copas, de ganhar em seu estádio e somar pontos fora, nunca foi tão importante para o time de Abel Ferreira no Brasileirão. O empate por 2 a 2 com o bom Fortaleza foi péssimo, apesar da qualidade do visitante.
Era jogo para ganhar e deixar o rival do Rio apavorado na sequência da rodada. O resultado não tira o Palmeiras da briga pelo tri do Brasileiro, mas o torcedor deixou o estádio com o sentimento de o time ter deixado escapar uma boa chance na corrida.
O Palmeiras pulou para o primeiro lugar, mas o Botafogo ainda joga neste sábado. Faltam sete partidas para o fim. O time de Abel ficou com a bola, quase 60%, mas não foi superior. Algumas chances criadas foram desperdiçadas, uma delas com Raphael Veiga, que marcou minutos antes de pênalti. Foi o seu gol 100 no Palmeiras, ultrapassando Edmundo.
Mas houve erros da defesa. Erros capitais. Um deles cometido por Maike. Vitor Reis também falhou em um dos gols do time visitante.
Esperava um pouco mais do torcedor nos minutos finais. Eles não estão fartos de ganhar títulos. Faltou (ao time) ser agressivo no fim do jogo. A agressividade é tocar e quebrar as linhas. Os gols do adversário foram nós que demos. Tivemos oportunidades de fazer mais gols e não conseguimos. Não fomos eficazes na defesa e no ataque.
ABEL FERREIRA
Em nenhum momento o Fortaleza se intimidou com o Palmeiras, com sua casa e torcida. Bem treinado, a equipe do Nordeste fez o seu jogo, sofreu o primeiro gol e buscou o empate e assim foi se colocando no mesmo nível do Palmeiras.
O empate não foi um resultado fora do contexto do que essas duas equipes mostraram neste sábado e também ao longo da competição.
Tenho comigo que o fato de o Palmeiras ficar tanto tempo sem jogar, somente com as partidas do Brasileirão, tirou o ritmo dos comandados de Abel. Alguns jogadores ficaram devendo, como Zé Rafael. Tudo isso conta. Daí a necessidade de o Palmeiras fazer jogos-treinos e amistosos na Academia.
Pênaltis marcados por Abatti
Os gols do Palmeiras foram marcados de pênaltis, o primeiro convertido por Raphael Veiga e o segundo por Estêvão, que pode se tornar artilheiro do Brasileirão. Ele tem 11 gols, o mesmo número de Pedro, do Flamengo, que não joga mais por estar machucado.
No lance do primeiro pênalti marcado para o Palmeiras, vi um empurrão de Titi pelas costas de Flaco López. Houve reclamação dos jogadores do Fortaleza, mas o zagueiro estava atrás de Flaco e deu o tranco nas costas e não no ombro. Foi um tranco fraco, mas ele aconteceu. É aquele lance que alguns árbitros marcam e outros não marcam. Na Europa não seria nada. No entendimento de Abatti, foi falta.
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O segundo pênalti marcado para o Palmeiras teve ajuda do VAR. A bola foi desviada no braço de Pikachu. O chute de Caio Paulista tinha a direção do gol. O problema da arbitragem é não ter padrão. Em faltas mais duras, eles não marcam nada. São todos atrapalhados. Também teve reclamação dos jogadores do Fortaleza. Bola na mão tem sido a maior confusão da nossa arbitragem.
Estêvão ainda teve uma boa chance de marcar, mas se atrapalhou com a bola e concluiu mal, para boa defesa do goleiro do Fortaleza. O Palmeiras errou muito na defesa e teve pouca eficiência no ataque. Perdeu a chance, em casa, de dar o tão sonhado bote no Botafogo.