O Palmeiras vai receber R$ 117,1 milhões da WTorre referentes ao repasse do uso do Allianz Parque, colocando fim a uma década de discórdia. O valor é o acumulado desde 2014 até os primeiros meses desta temporada. O Palmeiras entrou com o terreno, onde era o Palestra Itália, e a construtora abriu seus cofres para investir no Allianz Parque.

Do valor acordado na Justiça, a WTorre vai pagar R$ 50 milhões ao clube imediatamente. Com isso, é bem provável que o clube apresente receita nesta temporada acima de R$ 1 bilhão.

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O acerto encerra uma década de litígio, intrigas, desavenças e desconfiança entre as partes. A presidente Leila Pereira, em campanha para a sua reeleição, pegou o caso em andamento e teve o mérito de tentar resolver tudo na Justiça. A WTorre também entendeu que era necessário honrar o que havia sido combinado em contrato.

Palmeiras tinha interesse em comprar o Allianz Parque e antecipar em 20 anos o fim do acordo com a WTorre / WTorre

Marcelo Frazão, CEO da construtora em seu braço de entretenimento, teve o mérito de uma aproximação entre os envolvidos, com uma visão clara dos dois lados e abrindo caminho para diálogos “mais inteligentes” e menos “bélicos”.

Ele costurou esse acordo. Frazão informou a esse colunista que havia a disposição iminente do acerto. Em março, a WTorre começou a pagar repasses mensais do uso do Allianz Parque com valores iniciais de R$ 2 milhões. Desde então, todos os meses o Palmeiras recebe a mensalidade, o que era para ter acontecido desde a abertura da arena.

O valor que ficou para trás foi resolvido nesta quarta-feira, dia 9, com declarações amigáveis do clube e da construtora: de um lado a presidente Leila Pereira e do outro a representante máxima do Conselho da WTorre, Sílvia Torres. Duas mulheres que trataram o problema com disposição para não empurrar nada para debaixo do tapete. Elas merecem méritos.

Após dez anos de discussões, a nossa gestão concretizou um acordo justo, benéfico a todos e fundamental para o futuro desta parceria, que tem mais 20 anos pela frente. Nosso compromisso é construir um Palmeiras cada vez mais vencedor e, para isso, queremos caminhar com a WTorre.
LEILA PEREIRA, presidente do Palmeiras

O acordo, além do repasse da receita dos últimos dez anos, também resolveu todas as discórdias em relação à parceria, como as cadeiras do programa Passaporte e de outros espaços, como o setor norte, com a abertura de mais 1 mil lugares, provavelmente com ingressos populares.

Isso leva harmonia tanto para o Palmeiras quanto para a WTorre, que vai também construir a nova arena do Santos, onde é atualmente a Vila Belmiro. Leila já se interessou em comprar o estádio da construtora, mas ele nunca esteve à venda. O acordo da gestão da WTorre vai até 20244. A partir de agora, todas as decisões envolvendo o uso do estádio serão esclarecidas com as partes.

Ao completarmos uma década de Allianz Parque, não poderíamos ter uma conquista mais importante do que o acordo com o Palmeiras. O clube mais vencedor do país e a principal arena multiuso do continente podem, e devem, conquistar juntos novas metas, tendo um cenário de harmonia e interesses alinhados. Temos muito trabalho em conjunto com o Palmeiras nas próximas duas décadas de concessão.
Sílvia Torre, co-fundadora e presidente do Conselho da WTorre

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