Os moradores da Pompeia terão de ter paciência no domingo, quando o bairro vai ferver para o primeiro jogo da final do Paulistão 2025 contra o Corinthians. Diante do São Paulo, nesta semana, a polícia militar fez um pente fino a todos que tentaram se aproximar do estádio e do clube sem ingresso. Há muitos moradores sócios do Palmeiras, famílias inteiras com filhos dentro do clube em diversas atividades, como cursos de inglês e modalidades esportivas.
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Mas a polícia, respaldada pelo Ministério Público, está fechando o cerco nas imediações do Allianz Parque para quem não tem ingresso do jogo ou que esteja sem identificação que comprove ser associado do clube ou mesmo morador da região. Essas pessoas comuns são “jogadas” para vias paralelas, quase sempre dando voltas longas no estádio e no próprio clube. Há muita reclamação dos moradores devido a esse expediente. O policiamento pede para as pessoas entrarem no clube pela avenida Francisco Matarazzo.

A medida visa afastar das imediações do estádio quem não tem sua entrada para o jogo. Ocorre que as ruas mais próximas da arena movimentam um comércio forte de torcedores que ficam por ali vendo a partida pelos monitores de TV, comendo, bebendo e se divertindo sem incomodar ninguém. Já virou tradição nos jogos do Palmeiras. O local é tomado por palmeirenses, uma vez que os clássicos têm torcida única. É assim em vários lugares do mundo também.
Experiência em Londres
Recentemente, estive em Londres, no estádio do Tottenham, e me juntei à torcida do clube inglês na “concentração” antes da partida. Eu e meu cunhado ficamos bebendo e comendo antes de entrar na novíssima arena do time. Algumas ruas estavam fechadas e as pessoas andavam por elas normalmente. Nenhum policial nos pediu para ver o ingresso. É só organizar e ter bom senso que tudo dá certo.
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Mas não é isso o que acontece na Pompeia. O Palmeiras mandou seis representantes para discutir o assunto nesta semana com membros do Ministério Público e da polícia. O clube pediu mais compreensão, sobretudo para os seus associados, mas também para os moradores da região. Por enquanto, nada mudou. Na verdade, depois da reunião, o cerco ficou mais intenso e com menos brechas.