O clima no vestiário do Palmeiras não é dos melhores e nunca esteve tão pesado desde a chegada do técnico Abel Ferreira e a eleição de Leila para presidente. A harmonia de um elenco vencedor e cheio de apetite por conquistas e glórias deu lugar, momentaneamente, a um time desgastado, enfraquecido e vivendo num ambiente em que os profissionais andam de cabeça baixa, não se olham nos olhos e onde há muita desconfiança.

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Abel foi excelente até metade do ano passado, mas ele não conduziu bem as reformas que tinha de fazer na equipe nesta temporada, com a dispensa de jogadores queridos do grupo. Isso o tirou do pedestal onde sempre esteve. Ele não é mais unanimidade no elenco.

Abel Ferreira comanda treino na Academia: Palmeiras recebe o Corinthians no Allianz Parque, pelo Paulistão  / Palmeiras

Tudo no futebol girava em sua órbita. E funcionava bem. Dava certo. Mas três episódios contribuíram para que o cenário das operações na Academia mudasse, e bem debaixo do nariz da presidente. Alguns jogadores de coturno pesado não aprovaram como Abel conduziu as saídas de Dudu e Zé Rafael, por exemplo.

Saída de Zé Rafael e Dudu

O próprio volante esperava mais da conduta do treinador. Zé cobrou Abel por conversas mais claras e necessárias, mesmo as conversas duras, de um comandante para um marinheiro que sempre se entregou nas partidas e treinamentos. Esperava uma satisfação.

Jogadores sempre acreditaram no treinador e recusaram ofertas milionárias nos últimos anos para deixar o clube e o Brasil, mas ficaram revoltados quando souberam do pré-contrato que Abel teria assinado com um time do Catar. O caso está na Fifa, com a possibilidade de o treinador ter de pagar R$ 28 milhões de multa. Abel insinuou não ter assinado nada em condições sóbrias.

Abel Ferreira sempre teve o elenco do Palmeiras nas mãos, mas a relação não é das melhores nesse momento / Palmeiras

Ele tem cobrado Leila por reforços. O diretor de futebol Anderson Barros é pressionado pelas contratações que não deram certo e por ter inscrito Rony no Paulistão, o que impede que o atacante possa atuar por outro clube em São Paulo, como o Santos, por exemplo, neste começo de temporada. O mesmo vale para Zé Rafael, adquirido pelo clube de Neymar.

Barril de pólvora

Abel já notou o barril de pólvora prestes a explodir ao seu lado. Ele disse que vai embora no fim do ano, mas sem antes tentar mudar o cenário. Leila não acredita que ele vai embora. Alguns conselheiros defendem que Abel não vai ter na Europa o que tem no Palmeiras. Mas a presidente ainda não tocou no assunto de uma renovação de contrato com o técnico. Fará isso na hora certa.

Mais do que nunca o Palmeiras precisa da destreza de Leila como administradora e sua sensibilidade para impedir o que se avizinha: uma debandada importante de jogadores e o fim de linha do trabalho do melhor treinador da história do clube.

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O que a presidente tem de impedir é que o Palmeiras deixe de ser esse time competitivo. Abel fará de tudo para não perder o comando no vestiário nem a alegria e confiança de seus atletas. Suas declarações são todas nesse sentido. “Sabemos o que estamos fazendo e onde queremos chegar”, repete o português.

Nesta quinta, depois de ganhar do Guarani em Campinas, com dois gols de Estêvão, que vai embora em julho, o Palmeiras recebe o Corinthians no Allianz Parque. É jogo de torcida única e que deixará a cidade em alerta.

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